Pavor de lockdown toma conta de entidades empresariais de SC
Pavor de lockdown toma conta de entidades empresariais de SC
- Por Raul Sartori
- 25/03/2021
- 13:00
Sem lockdown
O pavor de que seja necessário um lockdown em algumas regiões de SC leva dirigentes de representativas entidades a propor algo maior e até impensável tempos atrás. O presidente da Associação Comercial e Industrial de Araranguá, Alberto Sasso, colocou sua entidade à disposição das autoridades para fiscalizar regras sanitárias, incluindo funcionários, se for preciso.
Assinou moção
Emocionado durante o ato, o senador Dário Berger (MDB-SC) foi um dos 65 senadores que assinou a Moção de Apelo à Comunidade Internacional para o envio de insumos e vacinas contra a covid-19 para o Brasil. O documento, aprovado terça-feira pelo Senado, está sendo encaminhado a todos os países membros do G20, organismos internacionais, parlamentos de vários países, embaixadas, empresas produtoras de vacinas e todos os presidentes das comissões de Relações Internacionais com os quais o Brasil mantém relações diplomáticas. Que o mundo os ouça.
Em ação
Presidente da Comissão Externa da Câmara que acompanha as ações de combate à covid-19, a deputada federal e enfermeira Carmen Zanotto (Cidadania-SC), não para. Está tentando agendar reuniões como o presidente da Câmara, Arthur Lira, e com o novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para tratar do abastecimento dos remédios para intubação e pautar projetos sobre a pandemia. A preocupa também saber que o Orçamento de 2021 para a área da saúde talvez seja insuficiente para combater a crise sanitária.
Pesadelo
Ver telejornais e jornais do eixo Rio-São Paulo- Brasília, logo de manhã cedo, é um ato de coragem, tão negativo é o noticiário. E nem poderia ser, convenhamos. Ontem foi destaque que Acre, Rondônia e Mato Grosso do Sul registram taxas de ocupação dos leitos de terapia intensiva maiores que 100%. E outros 14 – SC entre eles – estão com o índice acima de 90%.
Pensando alto
Um assessor próximo de Carlos Moisés pensou alto, ontem, diante da reunião do presidente Jair Bolsonaro com alguns governadores e os presidentes do Senado, Câmara e Supremo Tribunal Federal, entre outros. Em roda, disse imaginar que se a reunião tivesse ocorrido um ano atrás, tudo seria diferente, não tão trágico assim como é hoje. Com certeza.
Crueldade
As corridas de cães – que no Brasil acontecem principalmente no Rio Grande do Sul, SC e Paraná – estão com seus dias contados. Está pronto para votação na Câmara dos Deputados projeto que equipara a prática ao crime de abuso, maus-tratos, ou mutilação, com pena prevista de reclusão de dois a cinco anos, multa e proibição da guarda. Tais eventos estão banidos em dezenas de países, inclusive na Argentina e Uruguai, como resultado do clamor popular.
Polenta cara
Os estimados 4,5 milhões de descendentes de italianos em SC estão sentindo a inflação da polenta, digamos assim. Sua matéria-prima quase única, o fubá, está ficando cada vez mais caro. A saca de milho (60 quilos) custa hoje cerca de R$ 100, valor que é a 72% a mais em relação a fevereiro do ano passado.
Fala por si
A sequência de imagens do presidente Jair Bolsonaro tentando colocar sua máscara em um ato público, anteontem, fala por si. É o símbolo completo de seu negacionismo diante da tragédia que já levou 300 mil brasileiros à morte.
Pergunta
Os ministros “supremos” Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes não responderam o que milhões de brasileiros decentes querem saber: hackear pode produzir prova? Lícita ou ilícita?
Cricris
Nesta pandemia apareceu outra praga, a de gente cricri. Um advogado entrou com representação contra um professor da Fundação Getúlio Vargas, do Rio de Janeiro, porque sugeriu encontros em bares. Nessa linha também pode ser enquadrado projeto do senador Eduardo Girão (Podemos-CE) que cria a bolsa estupro. Ignora que o direito ao aborto em caso de estupro já é reconhecido juridicamente.
Assunto
Desde o início da pandemia já são 1.141 as propostas relacionadas à vacina apresentadas nos legislativos estaduais e federal, conforme levantamento da Inteligov, startup de monitoramento de dados dos poderes Executivo e Legislativo.