Políticos catarinenses esquecem que Carlos Moisés é governador, e não prefeito
Bairrismos A alta administração estadual conviveu recentemente, com várias alcunhas, digamos assim, não raro agregando um valor depreciativo quando visto do ponto de vista de Florianópolis: “República de Joinville”, quando o estado era governado por Luiz Henrique da Silveira; “República de Lages”, com Raimundo Colombo; “República de Criciúma”, com Eduardo Pinho Moreira, e agora “República […]
Bairrismos
A alta administração estadual conviveu recentemente, com várias alcunhas, digamos assim, não raro agregando um valor depreciativo quando visto do ponto de vista de Florianópolis: “República de Joinville”, quando o estado era governado por Luiz Henrique da Silveira; “República de Lages”, com Raimundo Colombo; “República de Criciúma”, com Eduardo Pinho Moreira, e agora “República de Tubarão”, com Carlos Moisés. Em Tubarão, apesar da presença de figuras locais no primeiro escalão, há reclamações do governador, por não dar atenção prioritária à cidade. É que muitos, no seu bairrismo exacerbado, esquecem que ele é governador, não prefeito. E em Florianópolis não são poucos os que acham que o governador tem que fazer “tudo” pela Capital.
Fazendo diferença 1
Muito discreto, o deputado federal catarinense Gilson Marques (Novo) trabalha muito. Afere-se isso, principalmente, no portal da Câmara. Em dois dias da semana passada compareceu em notícias como relator de quatro projetos diferentes e importantes, nos quais deu parecer pela rejeição de todos eles, o que não é comum. Normalmente se aprovam e seguem adiante, mesmo sendo inutilidades ou que afrontam ao interesse público. Marques, disciplinado, foi além e detectou serem todos inconstitucionais, porque o que ensejavam já está no nosso ordenamento legal.
Fazendo diferença 2
O primeiro propunha criar o Centro Nacional para Estudos, Conservação e Manejo das Plantas Medicinais Brasileiras, que o Ibama já faz. O segundo criava o programa “Viver de Bem”, para dar visibilidade aos direitos humanos dos grupos marginalizados. O terceiro pretendia regularizar a situação de pessoas que trabalham em casa, enquanto o quarto obrigava as emissoras de rádio e televisão a divulgar campanhas nacionais de vacinação. Todos batendo de frente em princípios, aqui e acolá que, se não contidos, só iriam engrossar ainda mais o cipoal legal que tanto atrapalha o cotidiano do cidadão comum.
Será?
Gera dúvidas, quando não desconfiança – criar dificuldades para obter facilidades? – a pressa com que o Legislativo catarinense propôs um projeto, já lei, que proíbe a exploração de gás de xisto em SC depois que uma multinacional requereu 8 mil hectares de terras na região de Papanduva, que está entre as mais pobres do estado. Foi esta exploração que provocou uma revolução energética nos Estados Unidos, onde, certamente se faz as coisas com maior cuidado. Aqui se faz certo ambientalismo histérico e afoito. Parece o caso.
Celeridade
Mereceu encômios em site focado nos acontecimentos jurídicos do país o caso de um processo que tramitou no 2° Juizado Especial Cível de Florianópolis que teve início, meio e fim em 42 dias corridas, dos quais 30 úteis. Seria o ideal de justiça, que mostra que é possível, sim.
Sem candidato
A colunista Mônica Bérgamo, da “Folha de S. Paulo”, diz que a afirmação de Lula de que o PT precisa ter candidatos próprios a prefeito nas principais cidades do país é uma reviravolta na política que a legenda estava adotando até agora, de formar frentes, abrindo mão da cabeça de chapa. Observa que o PT está sem candidato, por exemplo, em Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, Salvador e Rio de Janeiro.
Homenagens
O Diário Oficial da União publicou sexta e segunda-feira, respectivamente, as leis federais 13.891, que denomina “José Paschoal Baggio” o elevado localizado na rodovia BR-282, na altura de Lages, com acesso pela Avenida Duque de Caxias, e 13.890, que dá o nome de Carlos Joffre do Amaral ao viaduto da rodovia BR-282 com acesso pela Avenida Luiz de Camões, também em Lages. Ambos foram ícones da comunicação na Serra.
Idoso endividado
Integrante das comissões especiais e Superendividamento do Consumidor e de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, a deputada federal Carmen Zanotto (Cidadania-SC) pediu audiência pública para discutir a exploração indevida da renda ou apropriação do patrimônio do idoso. Ela tem dados do Disque 100, que mostram que mais da metade dos crimes de abuso econômico de idosos envolve os parentes mais próximos.
Fim das coligações
Assunto que anda causando alvoroço na política, especialmente a municipal, o fim das coligações, prática que não poderá mais ser realizada pelos partidos nas eleições proporcionais de 2020, será o tema da segunda edição do Roda de Conversas Eleitorais, da OAB-SC, nesta quarta-feira, às 19 horas, em sua sede, em Florianópolis.