Prefeito de Florianópolis tem atitude corajosa ao determinar retorno de restrições de circulação
Liderança É sobretudo corajosa a atitude do prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (DEM) que voltou a determinar restrições para evitar a expansão da covid-19 e, destemidamente, qualificou boa parte da população como “irresponsável” diante da pandemia. Estava feliz – se e que se pode dizer isso – com o fato da capital catarinense passar um […]
Liderança
É sobretudo corajosa a atitude do prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (DEM) que voltou a determinar restrições para evitar a expansão da covid-19 e, destemidamente, qualificou boa parte da população como “irresponsável” diante da pandemia. Estava feliz – se e que se pode dizer isso – com o fato da capital catarinense passar um mês sem nenhum óbito e, de repente, tudo mudou: o número de doentes, que estava em queda, subiu de 100 para mais de 300. E nas UTIs a internação dobrou.
Prudência na pandemia
Participantes de uma reunião virtual de líderes sindicais de poderoso segmento econômico catarinense trocaram impressões sobre o novo comportamento de patrões diante da pandemia. Observaram que alguns deles faziam questão de chegar nas sedes das empresas dirigindo carros luxuosos, trocando de marca com muita frequência, quando não com motorista uniformizado e até seguranças. Agora, mesmo porque demitiram ou reduziram salários de empregados, não se arriscam a continuar exibindo tantos sinais exteriores de riqueza e poder. Os tempos são outros, verdadeiramente.
Exceção lamentável 1
A OAB-SC fez bem em oficiar o Conselho Nacional do Ministério Público, pedindo providências, contra um promotor catarinense que vem proibindo casamento homoafetivo, o que faz com que Florianópolis seja, atualmente, a única capital onde ainda ocorrem impugnações de uniões de pessoas do mesmo sexo. Apesar de serem garantidas por decisão do Supremo Tribunal Federal no já distante ano de 2011. A petulância do promotor não tem limites: só no ano passado impugnou 46 habilitações de casamentos do gênero.
Ainda bem
Ainda bem que os catarinenses foram privados de um vexame: ver políticos obedecendo Bolsonaro e invadindo hospitais com a desculpa de fiscalizar os tratamentos de pacientes com covid-19.
Exceção lamentável 2
O Hemosc teve que se adequar. Após recomendação do Ministério Público de SC, respaldado em manifestação do Supremo Tribunal Federal, agora aceita doação de sangue independentemente da orientação sexual ou identidade de gênero do doador. Há dias, um cidadão foi impedido por se declarar bissexual, o que resultou na instauração de inquérito civil para fazer valer o direito à não discriminação.
Porque não?
Locutor e tradicionalista, o deputado Fabiano da Luz (PT), fez uma indicação para que os Centros de Tradições Gaúchas (CTGs), que passam de 300 em SC, sejam incluídos no Mapeamento Cultural, plataforma lançada pelo poder Executivo estadual. Assim, podem ser contemplados com políticas públicas de apoio. Movimentam arte, cultura e turismo em todas as regiões do estado. Justíssimo.
Cartel bilionário
Notícia que não rendeu uma linha, ontem, nos grandes jornais. O Tribunal de Contas da União aprovou estudo econométrico no qual foram apurados os prejuízos causados por cartel que teria atuado em contratações da Petrobras entre 2004 e 2012. Ao todo, 24 empresas comprovadamente fizeram parte do cartel e causaram prejuízo à estatal de R$ 12,3 bilhões. Esse valor atualizado e com juros é hoje superior a R$ 18 bilhões. Agora, diversos órgãos da União poderão usar os valores apurados para as medidas administrativas e judiciais cabíveis para o ressarcimento dos danos.
Fenômeno imobiliário
Corretores de imóveis de todas as regiões do estado, das cidades maiores às menores, estão se deparando com um fenômeno imobiliário incomum: o fechamento de imóveis, a maioria espaçosos e com todo conforto possível, que eram templos de igrejas das mais diferentes confissões. São vítimas da pandemia, que com a quarentena e o isolamento social afastou os fiéis e, consequentemente, seus desejados dízimos.
À frente
Reclamou-se aqui, ontem, que a grande maioria dos presidentes das câmaras de vereadores de SC ainda não se deu conta de que seria mais que providencial e necessário, nestes tempos de pandemia, não fazer recesso em julho. Há anos, algumas estão bem à frente nisso, como as de São Bento do Sul, Campo Alegre e Rio Negrinho. E mais: os recessos de fim de ano são apenas de 30 dias, entre 15 dezembro a 15 de janeiro.