Senadores de SC se manifestam sobre colega pego com dinheiro nas nádegas
Dinheiro na cueca
Dois senadores de SC – Jorginho Mello e Esperidião Amin – vieram a público dizer que não admitem o manto de proteção do presidente do Senado, David Alcolumbre, para retardar o máximo possível qualquer decisão acerca do senador Chico Rodrigues (DEM-RR) flagrado com dinheiro na cueca. Mello, líder do PL, que não concorda com o afastamento do colega determinado pelo ministro “supremo” Luís Roberto Barroso, reclama do silêncio de Alcolumbre, atitude que, para ele, prejudica não só os parlamentares, mas imagem do Senado. Amin vai na mesma linha. Espera que Alcolumbre “diga alguma coisa”.
Cabo eleitoral
O deputado federal Eduardo Bolsonaro escolheu a dedo que candidatos apoiar a prefeito em diferentes cidades do país. Em SC a escolhida foi Julia Zanatta (PL) à prefeitura de Criciúma, pela proximidade e amizade que ela tem com sua mulher, Heloisa Wolf, que já a levou para visitas ao Palácio do Planalto. O filho 02 do presidente gravou um vídeo de apoio para Julia, que orgulhosamente o exibe nas redes sociais.
Salamandra
Mesmo agora desgastado com o escândalo do senador e vice-líder no Senado escondendo dinheiro na cueca, seu partido, o DEM, parece uma salamandra, que de acordo com a psicanálise junguiana representa a renovação e a superação de desafios. Demonizado quando Lula estava por cima, sai das cinzas nas eleições deste ano como franco favorito em Florianópolis e Curitiba. Tem boas chances também no Rio de Janeiro e Recife.
Confusão
Pergunte-se a 10 catarinenses sobre o que está acontecendo nessa vai-e-volta dos processos de impeachment do governador e praticamente todos não saberão dizer com um mínimo de exatidão. Apesar de tudo, méritos para Carlos Moisés, que está tocando a administração da forma mais normal possível.
Ociosidade
A produção de carros de luxo no Brasil tem no momento uma ociosidade histórica. No segmento dos chamados carros premium, por exemplo, a fábrica da alemã BMW em Araquari, em SC, que tem capacidade de produção de 32 mil veículos por ano, só produziu 6.900 de janeiro até agora. Com 600 empregados, sua ociosidade é de 71%.
Demanda
SC tem 103 estruturas náuticas, como marinas, iates clubes e garagens, a maioria em Itajai (45), onde fica o único estaleiro da fabricante de iates de luxo Azimut fora da Itália. Mesmo com a pandemia, os negócios prosperam. No estaleiro, com 450 funcionários, está sendo produzido o megaiate 27 Metri, que custa R$ 55 milhões, encomendado por um empresário brasileiro. Com 350 m2, é igual a um outro fabricado para o jogador de futebol Cristino Ronaldo, que o exibe, orgulhosamente, nas redes sociais. As encomendas atuais garantem toda a produção do estaleiro até abril de 2021.
Cabo ignorado
Ao contrário do que historicamente sempre aconteceu, nas eleições municipais deste ano em Florianópolis – que tem repercussão estadual e, não raro, até nacional – nenhum dos 10 candidatos citou até agora que pretende contar com o apoio do governador Carlos Moisés.
Condenados
Já está em vigor uma lei estadual muito simbólica: proíbe que bens e vias públicas recebam os nomes de pessoas físicas e jurídicas condenadas pela Justiça por crimes como tortura e ou violação dos direitos humanos, tráfico de entorpecentes, abuso de autoridade, redução à condição análoga à escravidão, contra a vida e a dignidade social, entre outros. O estranho é que não inclui o que seria o principal crime desses tempos que vivemos: os de corrupção. E não atinge os “homenageados” que já morreram, muitos dos quais levara para o túmulo aquela pecha.
Transparência
O Ministério Público de SC cumpre integralmente a Lei de Acesso à Informação e as resoluções do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) que tratam de transparência na divulgação dos dados. Assim, obteve o índice máximo na avaliação conhecida como Transparentômetro, que analisa semestralmente os portais da transparência de todos os ramos do Ministério Público brasileiro. Detalhe: o MP-SC cumpriu integralmente 318 itens. Que bom.
Estranha degustação
O Tribunal Superior do Trabalho aumentou de R$ 300 mil para R$ 1 milhão a indenização de dano moral coletivo que tem que ser paga pelo laboratório Eurofarma por submeter propagandistas vendedores à prática de degustação de medicamentos. Eles tinham de consumir, num único dia, remédios de várias marcas destinados a uma mesma doença, inclusive antibióticos. Barbaridade!