Reações adversas à vacina contra a Covid-19 em Brusque são leves e passageiras, aponta Vigilância em Saúde

Enfermeira alerta para disseminação de informações duvidosas sobre reações ao imunizante

Reações adversas à vacina contra a Covid-19 em Brusque são leves e passageiras, aponta Vigilância em Saúde

Enfermeira alerta para disseminação de informações duvidosas sobre reações ao imunizante

Desde o início da vacinação contra a Covid-19, foram notificados 2.817 casos de reações adversas em Brusque. Entretanto, segundo a diretora da Vigilância em Saúde, Carol Maçaneiro, as reações identificadas foram de sintomas leves como dor no local, dores musculares e febre. Além disso, quase todos os casos foram registrados nos primeiros meses de imunização.

Ela ressalta que, após estudos, essas reações adversas começaram a ser esperadas após a vacinação. “Por ser uma vacina desconhecida em 2021, todos os sintomas tinham como orientação notificar, por isso esse grande número. Mas, com o passar do tempo, foi se observando e tomando conhecimento que muitos destes sintomas eram esperados”, explica.

A enfermeira Natalia Cabral Marchi, responsável pelo setor de Imunização, recorda que a vacinação foi iniciada em Brusque no dia 19 de janeiro de 2021. No início, eram disponibilizadas a Coronavac e, logo em seguida, a AstraZeneca.

“Na época, as vacinas contra a Covid vieram de uma forma emergencial para o Brasil e os estudos ainda não estavam tão avançados. Como não se tinha conhecimento das possíveis reações adversas que elas poderiam causar, a orientação da Dive[Diretoria de Vigilância Epidemiológica de SC] era que todos os sintomas fossem notificados”, relembra.

A enfermeira detalha que os sintomas notificados eram relacionados a uma dor local, pois a vacina é feita no braço; uma dor no corpo; um mal-estar temporário ou qualquer tipo de sintoma; ou um endurecimento no local da aplicação. Portanto, qualquer uma dessas situações foi notificada.

Em 2021, Natalia aponta que a Vigilância em Saúde registrou um número expressivo de notificações de reações adversas. A maioria deste número era dor no local da aplicação da vacina. “Em 2022, esse número caiu bastante. Depois disso, já no final de 2021, já veio a Pfizer para o Brasil e também já teve alguma coisa de Jansen. Hoje, a nossa maioria das vacinas são aplicadas são da Pfizer. Não temos mais Coronavac em Brusque”, continua.

Neste ano, a Vigilância em Saúde registou menos de 10 casos de notificação. Natalia explica que a baixa do número é relacionada ao tempo de aplicação da vacina, que já está no terceiro ano.

“Entende-se que essas reações locais são comuns. A dor no local da aplicação, talvez um mal-estar momentâneo e uma dor no corpo, que passa nas primeiras 24 horas, são reações esperadas da vacinação e nem todas são notificadas. A gente ainda recebe uma notificação outra de algum sintoma que ficou um tempo maior ou que a pessoa voltou na sala da vacinação referindo. A maioria das pessoas nem retorna porque é algo que em duas ou três horas já passa”, conta.

Sem medo

Segundo Natalia, o maior número de notificações recebidos atualmente é o de dor no local da aplicação da vacina. “A gente não tem reações graves das vacinas, fazendo uma série histórica dos três anos de notificações. As pessoas não precisam ter medo desse tipo da vacina em si”, reforça.

Contudo, ela aponta que são disseminadas muitas informações duvidosas sobre reações da vacina. “As fontes nem sempre são divulgadas. Têm estudos relacionando a questão da aplicação da vacina, estudos colocando a questão da trombose com AstraZeneca, então foram suspensas a AstraZeneca e a Jansen em gestantes, com a maior taxa de chance de trombose”, pontua.

“Qualquer medicação, não só a vacina, se a gente começar a ler a bula, todastêm algum tipo de reação adversa. Ela pode causar uma em mil, uma em 100 mil ou uma em 1 milhão. Tudo tem pode ter e a vacina também”, defende.

Segurança

A enfermeira afirma que, apesar de uma possível dor passageira, é muito mais seguro procurar pela vacinação. Segundo ela, a imunização protege a pessoa de contrair novamente a Covid-19 e também aquelas que ainda não tiveram a doença e que podem contrair e ter a forma grave, ser internado e até morrer.

“Hoje, a gente faz um chamamento para quem não completou ou que não iniciou o seu esquema para vacinação contra a Covid-19. As salas de vacinação tem a vacina disponível, tem também a bivalente, que veio contra as duas variantes: a primeira, que mais a gente teve agravamento de casos; e agora a Ômicron, que veio com maior número de casos, porém com menor gravidade”, explica.

Atualmente, o setor de Imunização está fazendo o reforço em pessoas a partir de 18 anos que já tenha completado seus esquemas há mais de 4 meses.

“A gente vem aqui colocar essa situação para o público até para que todos entendam que a notificação vem até para a gente oficializar e ter estudos em cima. Ver como aquela vacina se comporta. Hoje, percebeu-se que a vacina é segura. A reação é esperada como qualquer outra vacina”, finaliza.


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