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Rebaixamentos do Brusque em 2022 e 2024 têm semelhanças enormes

Ataque pífio e trocas de técnicos são muito parecidos

Com a vitória sobre o Guarani neste domingo, 17, o Brusque supera a campanha do rebaixamento de 2022: chega aos 36 pontos, contra os 34 obtidos há dois anos. Na prática, nada muda, o time está rebaixado da mesma forma. Mas dá uma certa dignidade à queda que o quadricolor sofreu em 2024.

Os 2 a 1 sobre o Bugre evitam a lanterna da Série B. E o Brusque vai a 2025 menos detonado. Em 2022, a equipe terminou o ano vivendo uma sequência de 10 jogos sem vitória e, neste caminho, chegou a ficar sete partidas sem fazer gols. Dois anos depois, os jejuns foram menos horríveis.

A começar por estes aspectos, as campanhas do Brusque em 2022 e 2024 na Série B têm suas diferenças. Isto se vê também no elenco, porque neste ano praticamente não houve reforços de renome a nível nacional. Wallace é o jogador mais conhecido, mas já está no clube há quase três anos.

Outra diferença está nas contratações. Houve mais investimentos antes da Série B do que na janela do meio do ano. Entre julho e agosto de 2024, chegaram mais jogadores de mais qualidade em mais posições, comparados ao trio Mascote-Patrick-Paulo Baya, únicas novidades no mesmo período em 2022.

E obviamente, há a questão do estádio. Em 2024, o Brusque só pôde jogar cinco partidas no Augusto Bauer; em 2022, foi o campeonato inteiro.

Semelhanças

Apesar de todas as diferenças, as semelhanças chamam a atenção. Faltando uma rodada para o fim da Série B, o Brusque fez 24 gols e sofreu 41, resultando no mesmo saldo de gols de 2022: 21 gols marcados e 38 sofridos naquela ocasião.

O ataque sofrível se reflete na quantidade de vezes em que o Brusque tinha um jogo na mão, mas deixou escapar pontos preciosíssimos nas falhas de finalização e passe. A artilharia também fala muito sobre isto. Em 2024, Rodolfo Potiguar é o artilheiro do time na Série B, com quatro gols. Em 2022, o posto ficou dividido entre Wallace, Alex Sandro e Diego Jardel, com três cada.

Treinadores

Os técnicos e suas mudanças também foram muito semelhantes. Foram coincidências incríveis em relação aos períodos no cargo, às experiências prévias e aos resultados.

Em 2022 e 2024, o Brusque começou a Série B com um treinador que atingiu objetivos no ano anterior e, depois, chegou à final do Catarinense: Waguinho Dias, campeão estadual em 2022; e Luizinho Lopes, vice-campeão estadual em 2024.

Ambos foram demitidos no início da Série B após resultados ruins: Waguinho na sétima rodada, Luizinho na sexta.

Nas duas ocasiões, foi trazido um treinador que, há pouco tempo, havia sido adversário do Brusque em decisões. Tinha pouca ou nenhuma experiência em Série B, mas havia causado boas impressões nos duelos com o quadricolor. São os casos de Luan Carlos, vice-campeão Catarinense de 2022; e de Luizinho Vieira, campeão da Série C em 2023.

Ambos tiveram resultados insustentáveis, duraram 20 jogos e foram demitidos. Luan Carlos teve cinco vitórias em 20 jogos da Série B. Luizinho Vieira teve três vitórias em 19 jogos da Série B e um da Copa do Brasil.

Foi trazido, então, um técnico com renome nacional, que já havia sido campeão da Série B na década passada. A expectativa é a de salvação na reta final, mas nenhum deles cumpre a missão. Gilson Kleina fez 11 jogos, uma vitória, três empates e sete derrotas. Faltando uma rodada para o fim, Marcelo Cabo teve quatro vitórias, um empate e sete derrotas. Ambos tiveram sequências enormes de derrotas nos momentos decisivos: sete de Kleina; cinco de Cabo.


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