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Recomendação da Prefeitura de Brusque é de que escolas prestem atendimento em emergências

Acidente de criança que fraturou o dedo deveria ter sido atendido de outra forma, de acordo com Secretaria de Educação

Em 26 de fevereiro, um menino de um ano e três meses sofreu um acidente no Centro de Educação Infantil (CEI) Hilda Anna Eccel II, quando prendeu o dedo em uma porta e teve fratura exposta em um dos dedos da mão direita. De acordo com norma interna da Prefeitura de Brusque, as escolas não poderiam prestar socorro às crianças sem a presença e o aval dos pais.

A norma, no entanto, não é escrita ou legislada, mas uma recomendação. Após o caso, a Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Brusque informa que a orientação é para que diretores e coordenadores das creches e escolas do município avisem os pais da criança em caso de acidente para que a levem à Unidade de Saúde imediatamente. Não sendo possível, em caso de emergência, deve-se chamar os órgãos competentes.

No caso, a orientação também não foi respeitada por parte do CEI. A mãe, Danielle de Souza Campos, havia encontrado o filho no colo da professora, com a cabeça num cobertor e um pano enrolado no dedo, com muito sangue. Quando o pano foi desenrolado, foi notada a fratura exposta, pelo menos uma hora depois do acidente.

Como já noticiado por O Município, de acordo com os pais da criança, os médicos que realizaram o atendimento haviam dito que se alguma atenção médica preliminar tivesse sido feita no hospital na hora do acidente, a possibilidade de salvar o dedo da criança, que já estava quase necrosando, seria grande. Danielle aguarda autorização do advogado para voltar a comentar sobre o caso.

O capitão do Corpo de Bombeiros Militar de Brusque, Hugo Manfrin Dallossi, recomenda que, em qualquer situação de trauma ou necessidade de atendimento médico, o serviço de emergência deve ser acionado o quanto antes. “A saúde é o mais importante e deve ser feito o socorro imediato”.

Em um áudio gravado no WhatsApp logo após o acidente, a secretária de Educação, Eliani Buemo, informou as circunstâncias do acidente e que “a escola entrou em contato com os pais, a mãe foi quem atendeu, e os bombeiros, através do 193, também foram chamados”. Este foi o único posicionamento da secretaria sobre o assunto. Será instaurado também um processo administrativo para apurar os fatos.

A reportagem entrou em contato com a Sociedade Catarinense de Pediatria (SCP) para comentar e se posicionar sobre o caso, mas até o fechamento desta matéria, não obteve resposta.