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Redes de Vizinhos da Polícia Militar chegam a 78 localidades de Brusque

Sargento responsável pelo monitoramento comenta desempenho do programa no município

Com a inauguração da Rede de Vizinhos na rua Hercílio Luz, no Centro de Brusque, realizada nesta segunda-feira, 23, o programa chegou a 78 redes com 4583 participantes espalhados por diversos bairros e regiões do município. Para o 18º Batalhão de Polícia Militar (BPM), a estratégia tem sido bem sucedida, possibilitando a interceptação de crimes e maior agilidade em ações da polícia.

De acordo com o sargento Alvino Aurélio Müller, que coordena as redes, não há pedidos em aberto. Isto porque ele próprio faz o acompanhamento e a análise dos requerimentos. “Se há uma solicitação, mas já existe rede ativa na localidade, a gente faz uma consulta do histórico de quem fez o pedido antes de inclui-la na rede. Todas as solicitações nós atendemos de imediato.”

Por conta da pandemia, a reunião entre PM e moradores para a inclusão no programa não é realizada da maneira tradicional. O contato é mantido com quem será responsável pelo projeto, com as orientações e fichas de cadastro. A Polícia Militar verifica os nomes cadastrados. O telefone disponível para pedidos de novas redes e solução de dúvidas é (47) 3251-8267.

A Rede de Vizinhos tem funcionado, principalmente, por grupos de Whatsapp, voltados estritamente para assuntos voltados à segurança da localidade: alertas, avisos e comunicados do tipo. Se alguém da vizinhança precisa ficar fora de casa por alguns dias, por exemplo, o recomendado é que a comunicação seja feita a apenas um vizinho de confiança mais próximo, para evitar o vazamento da informação a terceiros.

“Há grupos com 170 pessoas, por exemplo. Mesmo havendo um controle, não tem como obter um perfil de cada participante, então orienta-se comunicação em privado nestes casos. Dentro de cada rede temos o nosso telefone da Central de Emergência, com Whatsapp; o telefone do Sargento externo, com plantão 24h. E a participação constante minha e do subcomandante Major Ciro.”

Com os grupos, a ideia é que haja mais agilidade e proximidade entre PM e moradores, com o fortalecimento de relações da vizinhança. Há resultados expressivos, com acionamento via Rede de Vizinhos em caso de invasão a residências. Müller conta que houve um caso recente no qual foi detido um homem entre 30 e 40 minutos após o crime.

“Neste caso, fizemos o trabalho em cima desta pessoa, descobrindo outros crimes relacionados. Tivemos a situação de um golpe de falsos funcionários de bancos recolhendo cartões. Também tivemos êxito em abordagens pelos grupos dos vizinhos. Temos vários casos nos quais conseguimos fazer uma resposta mais rápida.”

O sargento deixa claro que a ferramenta principal para acionamento da PM segue sendo o telefone 190, recomendando o contato com a Rede de Vizinhos logo na sequência.

“A Rede de Vizinhos tem sido a grande ferramenta para coibir excessos e crimes praticados de forma geral. Quanto mais próximos estão os vizinhos para dialogarem e se vigiarem mutuamente em um bom sentido, mais o sucesso da rede, que depende, 95%, das próprias pessoas. A Polícia Militar age caso seja acionada ou perceba pelos grupos de Whatsapp”, completa o comandante do 18º BPM, tenente-coronel Otávio Manoel Ferreira Filho.


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