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Região tem 416 casos de Hepatite B

Campanha nacional pretende imunizar 95% da população de zero a 49 anos

Inicia nesse sábado, 26, e segue até 1º de agosto a campanha de vacinação de hepatite B. O dia D da mobilização acontece amanhã, das 8h às 17h, quando todos os postos dos municípios de Brusque, Botuverá e Guabiruba estarão abertos para atender a população de zero a 49 anos. Apesar do Ministério da Saúde não ter implantado uma meta por município, o objetivo é atingir uma cobertura mínima de 95% da população alvo em cada cidade.

Segundo a coordenadora da vigilância epidemiológica de Brusque, Fernanda Lippert, por ser uma doença silenciosa, muitas pessoas não se dão conta da importância da prevenção e dos cuidados necessários. Ela conta que até julho deste ano, a cidade registrou 343 casos de pacientes com hepatite B. “É um número bem alto para o município. Muita gente acha que não ocorre, mas temos esses casos detectados, fora as pessoas contaminadas que ainda não estão nessa estatística”, diz. Botuverá tem 48 pacientes com a doença, e Guabiruba 25.

Durante a vacinação, amanhã, as unidades de saúde do Maluche, Limeira, Águas Claras e Steffen, oferecerão o teste rápido da doença, em parceria com Serviço de Assistência Especializada (SAE). “Não teremos muitos testes, mas os primeiros que forem até as unidades poderão fazer, se tiverem em dúvida”, diz.

A vacina de hepatite B foi implantada no Brasil pelo Programa Nacional de Imunização em 1989. Os dados do Ministério da Saúde referentes a Santa Catarina mostram que 8.269 pessoas possuem o vírus. Somente entre 1994 e 2013, 13.406 casos de hepatite B foram notificados no estado.

A técnica de vigilância epidemiológica de Botuverá, Tamires Silva, informa que a vacina da hepatite B é feita, geralmente, na infância e deve ser aplicada nos primeiros dias de vida, a segunda dose com um mês e a terceira aos seis meses. “O problema é que muitas pessoas fazem a primeira dose e não voltam para fazer o reforço”, diz. Ela explica que o intervalo entre a segunda e a terceira dose deve ser de, no mínimo, dois meses. Caso o intervalo entre as doses tenha sido ultrapassado, não há necessidade de recomeçar o esquema, apenas completá-lo.

Intensificação
A coordenadora epidemiológica, Fernanda Lippet diz que a vacina da hepatite B é oferecida para a população durante todo o ano, nos postos de saúde. “Essa campanha do governo estadual é uma intensificação para prevenir e orientar as pessoas”, diz.

A hepatite B é transmitida pelo sangue ou nas relações sexuais sem preservativo. Segundo Fernanda, ela é considerada uma doença silenciosa porque nem todos os portadores apresentam sintomas: mal-estar, cansaço, dor abdominal, enjoo, febre, diarreia, vômito, entre outros. “É uma doença que atinge o fígado e pode se tornar crônica, o que pode levar à cirrose e ao câncer”, diz.

A doença pode ser contraída também por compartilhamento de objetos como seringas, agulhas, lâminas de barbear, materiais cirúrgicos, odontológicos e de manicure, sem a devida esterilização.