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Relembre história do teleférico, inaugurado há 30 anos em Brusque

Estrutura foi criada para atrair mais turistas e fazer a conexão entre os parques

Com a intenção de atrair mais turistas para Brusque, há 30 anos era inaugurado o teleférico, que ligava os parques Zoobotânico e Leopoldo Moritz, popularmente conhecido como Caixa d’água. A atração foi projetada por um brusquense e desenvolvida por uma empresa do município.

Ao longo dos anos a estrutura já foi desativada, reformada, reinaugurada e, mais recentemente, foi desativada após pedido da empresa responsável pela construção do Brusque Shopping. Como os cabos passavam em cima do terreno e o equipamento não era utilizado, a empresa solicitou a retirada da estrutura.

Em 2017 o Ministério Público informou que o teleférico não tinha condições de segurança | Foto: Arquivo O Município

Detalhes do projeto

O teleférico foi projetado para fazer a conexão entre os parques Zoobotânico e Leopoldo Moritz. O prefeito da época, Ciro Roza, comenta que a intenção era facilitar o tráfego das pessoas de um local a outro, além de ser um passeio diferente.

Conforme notícia da inauguração publicada no jornal O Município, em 18 de setembro de 1992, a tecnologia do equipamento foi produzida pela Montálica – Estruturas Metálicas e Loos Máquinas e Equipamentos.

Ciro recorda que Leonardo Loos, o idealizador do projeto, viajou até Minas Gerais para conhecer melhor os detalhes do equipamento. Na época, o estado utilizava muitos teleféricos para transportar o minério.

A matéria do jornal O Município dava mais detalhes sobre a estrutura: “todo o equipamento é acionado por um conjunto de motor elétrico, importado da Alemanha, de corrente alternada com uma caixa de redução, além da existência de motor sobressalente a gasolina para o caso de falta de energia elétrica”.

Estrutura foi reinaugurada em 2014 após passar por uma reforma | Foto: Arquivo O Município

Atração turística

O equipamento tinha 578 metros de extensão, com vaga para 63 pessoas fazerem o trajeto, sendo 25 cadeiras duplas e 13 simples. O trajeto levava aproximadamente 13 minutos.

O ex-prefeito diz que morou por muitos anos no Rio de Janeiro e lá conheceu o teleférico do Pão de Açúcar. Segundo ele, a intenção não era imitar o equipamento, que tem uma cabine fechada, mas fazer algo que facilitasse o tráfego de um ponto a outro.

Ciro relembra que muitas pessoas só conheciam a praia em Santa Catarina e que o objetivo era atrair os turistas para Brusque. Além de aproveitarem o turismo de compra, as famílias também poderiam se divertir nos parques do município.

Em 2016 a estrutura foi fechada para reforma | Foto: Arquivo O Município

Fora dos planos

Atualmente, resta apenas a estrutura do teleférico nos dois parques. De acordo com a prefeitura, não há intenção de reativar o equipamento, já que ele passa por um terreno particular, de propriedade da Comunidade Luterana de Brusque.