Remédios terão reajuste de 4% a partir de 1º de abril
Aumento será para linha de medicamentos controlados pelo governo
A partir do dia 1º de abril, a conta da farmácia ficará mais cara. É que a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) autorizou o reajuste do valor dos medicamentos para acompanhar o índice da inflação. O reajuste é autorizado pelo governo anualmente e, desta vez, deve ficar em torno de 4%, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
A sócia e farmacêutica da Farmácia Lindoia, Claudete Willrich Sani, explica que a partir de abril, o preço dos remédios será ajustado automaticamente. “A empresa que fornece o nosso software já reajusta todos os medicamentos que terão reajuste”.
A farmacêutica diz ainda que somente terão reajuste os medicamentos controlados pelo governo, como cataflam, amoxicilina, os antigripais e alguns psicotrópicos. “Os medicamentos controlados pelos laboratórios não terão esse reajuste, eles seguem outro modelo de preço”, afirma.
Assim como a Lindoia, a farmácia Dorita, no bairro Santa Rita, também já se prepara para aplicar o reajuste anual. De acordo com o estabelecimento, a distribuidora já está enviando medicamentos com novos preços, e tudo estará atualizado no primeiro dia de abril.
A dona de casa Jerusa Gonçalves, 38 anos, destaca que o reajuste deve pesar no bolso, principalmente dos idosos. “É mais complicado para os idosos, que precisam comprar remédio direto. A minha sogra compra cinco tipos de remédios todos os meses, a aposentadoria já é curta e mais aumento no preço fica difícil”.
Claudete, da Lindoia, diz que é comum os clientes ficarem insatisfeitos nos primeiros dias após a mudança de preço, no entanto, a farmácia é obrigada a acompanhar a inflação. “É uma reação normal. Acontece o mesmo quando vamos ao supermercado e percebemos um aumento nos preços. Reclamamos de início, mas precisamos comprar”.