Renovação do convênio do Hospital Dom Joaquim com Prefeitura de Brusque é contestada pelo Comusa
Reunião foi realizada na semana passada para explicar valores
Em assembleia realizada na última semana, o Conselho Municipal de Saúde (Comusa) discutiu a renovação do convênio que a prefeitura negocia com o Hospital Dom Joaquim. Segundo o presidente Júlio Gevaerd, esse contrato nunca passou pelo conselho, fato que já foi contestado judicialmente em 2019 pelo órgão.
O valor mensal que a instituição pediu para a renovação pode chegar a R$ 700 mil por mês, considerado alto pelo Comusa.
“Estão fazendo proposta nova e achamos que o valor está um pouco alto, alguns valores não deveriam constar. É um valor alto, dá cerca de R$ 8,4 milhões por ano. Para o Azambuja, por exemplo, o repasse é de R$ 850 mil por mês, com toda aquela estrutura”.
O Comusa se reuniu nesta terça-feira, 27, com as secretarias de Saúde e de Finanças da prefeitura para analisar esse contrato.
O secretário de Comunicação, Rodrigo Cesari, participou do encontro e explicou que o Comusa tinha dúvidas sobre alguns detalhes do contrato, que aumenta a possibilidade de repasse em relação ao antigo.
“Chamamos a equipe técnica da Saúde e esclarecemos item por item do contrato. Na verdade, o hospital não vai receber R$ 700 mil por mês. O valor do repasse está veiculado à produção. Se produzirem 50 cirurgias, vão receber um valor, por exemplo. Se forem 40, será outro. Normalmente, é de 70% a 80% do valor global do contrato que o hospital cumpre. Foi uma conversa muito boa”.
Cesari conta que o Comusa ainda solicitou uma série de documentos, que já foram encaminhados. Ele acredita que a reanálise do convênio por parte do conselho deve acontecer nos próximos dias.
Obras de ampliação
O Dom Joaquim está em reformas e a previsão é que, com a finalização da primeira fase das obras, consiga ampliar espaço para o setor administrativo e oferta de consultórios para a população.
Segundo o administrador do hospital, Raul Civinski de Souza, o Dom Joaquim tem capacidade para fazer quase o triplo das cirurgias mensais autorizadas pelo SUS. Atualmente, a instituição realiza uma média de 70 a 80 procedimentos por mês. A quantidade é limitada por uma quantidade determinada de autorizações para internações hospitalares.
Com a ampliação, a instituição já colocou à disposição da Secretaria de Saúde o segundo piso do hospital, com área de aproximadamente 600 m². O hospital ainda não tem uma definição do serviço, apesar de várias ideias, e espera resposta da secretaria para saber da demanda que eles possam ter.
O administrador do hospital afirma que não foi chamado para as reuniões, mas que o Dom Joaquim aguarda com expectativa pela aprovação do novo contrato.
“Estamos à disposição do conselho e da secretaria para passar informações. Tivemos uma negociação longa e agora teve esse entrave. Nos causa um pouco de surpresa, sempre tivemos um bom relacionamento com a secretaria e o Comusa. Os valores não são absolutos, são pagos por produção. A maioria das consultas do ambulatório que a secretaria de Saúde faz é feita aqui dentro. Precisamos desses valores para manter a estrutura que temos hoje. Mas, se é um trâmite que é necessário, vamos aguardar”, diz.
Enquanto o acordo não é confirmado, o contrato anterior da prefeitura com o Dom Joaquim foi ampliado temporariamente.
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