Responsáveis pela inclusão de alunos com deficiência, educadores sociais são substituídos por monitores em Brusque
Cerca de 20 profissionais foram realocados para a Assistência Social
Responsáveis pela inclusão de alunos com deficiência, educadores sociais são substituídos por monitores em Brusque
Cerca de 20 profissionais foram realocados para a Assistência Social
- 24/01/2019
- 5:12
Cerca de 20 educadores sociais da Prefeitura de Brusque foram surpreendidos ao retornarem para o trabalho na segunda-feira, 21, e serem remanejados para a secretaria de Assistência Social.
Os profissionais atuavam em escolas, auxiliando no aprendizado e na inclusão de alunos com deficiência e, portanto, respondiam à pasta de Educação.
Educador social há quatro anos, Kelvin Severo, 32 anos, atuava na Escola Padre Theodoro Becker, no Bateas, e diz que no dia 20 de dezembro, no último dia de trabalho antes das férias, os educadores sociais foram avisados de que no dia 21 de janeiro teriam uma reunião na prefeitura.
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Na segunda-feira, ao comparecem à reunião, os educadores sociais foram informados de que agora fariam parte do quadro da Assistência Social. “Não teve explicação nenhuma. Fizeram uma entrevista individual de 10 minutos com cada um e falaram que à tarde teria uma escolha de vagas. Quando chegou a tarde, não nos deixaram escolher, nos deram vagas aleatoriamente”, diz.
Kelvin, por exemplo, foi remanejado para o Albergue Municipal, para trabalhar das 19h às 7h. “Eles nem perguntaram se tinha disponibilidade para este horário. Tenho dois filhos pequenos, não tenho como trabalhar nesse horário”, afirma.
A principal preocupação, de acordo com Kelvin, é com o desenvolvimento dos alunos que eram acompanhados por esses profissionais. Ele acompanhava de perto quatro alunos da Escola Theodoro Becker, sendo que três deles desde o terceiro ano.
“Quando entrei para a educação, fui me especializar, me tornar apto para trabalhar ali. Tenho várias formações, vários projetos desenvolvidos com esses alunos. Evoluímos muito. Um dos alunos não tinha perspectiva de ler e escrever e com o nosso trabalho em conjunto conseguimos”.
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Kelvin diz que os profissionais serão substituídos por monitores, que, segundo ele, não têm como desenvolver a mesma função de um educador social. “Com certeza, os alunos serão os mais prejudicados”.
O que diz a prefeitura
A reportagem entrou em contato com a prefeitura para esclarecer a situação. Por meio da assessoria de comunicação, a secretaria de Educação informou que esses profissionais prestaram concurso para a Assistência Social e nesse período estavam emprestados para a Educação e, a partir deste momento, serão realocados no setor original.
De acordo com a prefeitura, a Educação tem profissionais capacitados para as mesmas funções dos educadores sociais, que são os monitores 2, que desenvolverão as atividades com os alunos.