Resultados do uso da cloroquina em Brusque estarão mais claros em dois meses, diz secretário
Apenas um paciente que estava usando a medicação precisou ser reavaliado até agora
Apenas um paciente que estava usando a medicação precisou ser reavaliado até agora
Há algumas semanas, a Secretaria de Saúde de Brusque incluiu o uso da cloroquina e hidroxicloroquina no protocolo de tratamento da Covid-19 em pacientes do grupo de risco. Para o secretário Humberto Fornari ainda é cedo para atribuir a diminuição do número de mortes pela doença no município.
Ele ressalta que os índices de internação hospitalar estão caindo – no momento, três pacientes estão em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).
“Estamos com baixíssimo número de pacientes nas enfermarias. As mortes ainda estão acontecendo, muitos ainda oriundos de processos de internação em meados de julho, que não tendo benefício das prescrições do novo protocolo, que estão chegando de um processo anterior. Agora, se isso é um reflexo somente da cloroquina não dá para afirmar. Ainda não dá para precisar em número se houve uma melhora, vamos ter que ficar observando para saber qual a resposta. Sempre reforçando que este é um protocolo ministerial”.
Mesmo com a melhora, Fornari reforça que as mortes continuam acontecendo e que todos os cuidados precisam continuar sendo tomados para que a curva continue descendente.
O secretário destaca que a nova medicação é mais uma ferramenta que apoia a saúde da cidade no combate a doença.
“Tivemos uma intensificação principalmente nos últimos dez dias em termos de prescrição da medicação e isso está nos deixando bastante confiante em relação aos resultados. Com certeza a avaliação é positiva até agora”.
Ele destaca que é necessário ter um histórico maior do tratamento com a medicação para avaliar os efeitos que ela causa com uma amostragem maior. “É importante para evitar questões mais pontuais, como o tempo. Neste período, vai ter semanas mais quentes e frias, então vai dar para ter uma resposta mais certeira”.
De acordo com o secretário, apenas um paciente que estava usando a medicação precisou ser reavaliado. Ele foi avaliado pelo cardiologista e o médico prescritor, que mantiveram a aplicação. Não houve nenhum problema até o momento em relação a efeitos colaterais ao ponto de suspender a medicação.
Fornari acredita que o reforço na fiscalização é o grande responsável pela melhora nos números da doença em Brusque.
“No ponto de vista de restrições, a cada decreto, nós viemos paulatinamente ampliando horários e abrindo setores. Mas é óbvio, aquele primeiro decreto teve um reflexo significativo positivo, juntamente com o reforço da finalização, que nós ampliamos de 20 para 50 equipes de fiscalização e coibimos um monte de festas, situações de aglomeração. Acredito muito na colaboração da população, que está conosco nesta melhoria, com certeza”.