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Retomada com restrições: empresas de comércio exterior de Brusque avaliam impacto da guerra na Ucrânia na economia da região

Início do inverno na Europa é uma preocupação

A guerra entre Rússia e Ucrânia, que foi deflagrada no fim de fevereiro, completou seis meses no último dia 20. Enquanto o governo de Vladimir Putin avança em busca de anexar territórios, o país comandado por Volodymyr Zelensky tenta resistir apesar do poderio bélico do rival. Enquanto isso, o restante do mundo se adapta para minimizar os reflexos do conflito, que acabam interferindo também em Brusque.

Alguns dias após o início da guerra, a analista de comércio exterior da Embrast, de Brusque, Yasmin Gaspar, relatou aumento dos valores de matérias-primas para os fornecedores e também do barril de petróleo, o que refletia também no produto final.

Atualmente, ela relata que, em relação às materias-primas, muitos fornecedores da Europa ainda relatam aumento de preços e falta para produzir os produtos. “Acredito que agora com a questão da falta de gás, no inverno, pode afetar eles de alguma forma no fornecimento e produção. Mas ainda nada confirmado”.

Ela destaca que, como a Embrast trabalha mais com o mercado chinês, os efeitos que aconteceram no início do conflito retornaram a uma certa normalidade, já que as empresas precisaram se adaptar e encontrar alternativas neste período.

Gerente comercial da ES Logistics, Lisandro Bueno diz que, nos últimos meses, a Rússia voltou a fornecer uma série de produtos importantes para o mundo, apesar de ainda haver restrições.

“Já estão entrando fertilizantes, combustíveis e outros produtos russos no Brasil. Antes estava muito tenso, muitas coisas paradas, porque eles estavam focando mais no mercado interno. Agora, os produtos já estão saindo”.

Apesar disso, ele admite que ainda existe uma certa desconfiança em relação ao comportamento das relações econômicas da Rússia nos próximos meses.

“Existe ainda uma insegurança, com falta de produtos e aumento de preços. Tem uma incerteza grande agora que vai começar o inverno europeu, em saber quais serão as prioridades desses países em relação às demandas de todo o mundo. Cada país vai ter um acordo. Saber quem vai se aliar a quem também gera incertezas”.

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