Retorno das aulas presenciais na região de Brusque é discutido em reunião na Prefeitura
Em Brusque, previsão de retorno é 8 de fevereiro de 2021
Em Brusque, previsão de retorno é 8 de fevereiro de 2021
Na tarde desta terça-feira, 24, foi realizada no gabinete do prefeito Jonas Paegle uma reunião para discutir o cenário para retorno das aulas presenciais em Brusque e nos demais municípios da região.
Participaram do encontro, além do chefe do Executivo brusquense, o prefeito de Guabiruba e presidente da Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí (AMMVI) Matias Kohler, o secretário de Educação de Guabiruba Alfred Nagel Neto, a secretária de Educação de Brusque Eliani Aparecida Busnardo Buemo, o secretário de Saúde de Brusque Humberto Fornari, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda Ademir José Jorge e o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – subseção de Brusque, Renato Munhoz.
De acordo com Munhoz, o objetivo do encontro foi ampliar o debate e fomentar a discussão com outros municípios, para que se tenha unicidade na volta às aulas na região. “É público, notório e motivo de aplauso o que foi feito até aqui, mas temos que olhar para frente. É preciso construir um caminho”, enfatizou.
O presidente da AMMVI destacou que a associação trabalha desde o início da pandemia no enfrentamento e na construção de possibilidades múltiplas em todos os segmentos, inclusive na área da educação. “A partir desse encontro de hoje, nas nossas próximas reuniões vamos discutir justamente a definição de uma data que seja de consenso para a volta das atividades normais das escolas, ou pelo menos possíveis, se não normais a partir de 2021. Já sabemos que o cenário para 2020 não é mais propício, em virtude do pouco tempo até o final do ano”, ressaltou Kohler.
Segundo ele, o retorno não será totalmente presencial em função dos protocolos de saúde. “Sem dúvida nenhuma deve ser um processo misto. Há um esforço intenso desde o início da pandemia e muito mais a partir do mês de agosto, setembro desse ano, quando já se começou a desenhar horizontes de retorno das atividades escolares. Dentro desse aspecto, o maior que temos que ter é no sentido de proteção à vida. Querendo ou não, as crianças muitas vezes, não têm a nossa capacidade de discernimento em relação aos protocolos. Elas retornam aos seus lares onde encontram seus pais, avós e irmãos. Enfim, dentro desse aspecto podem se tornar vetores de transmissão. Então, há todo um conjunto de preocupações dentro desse cenário”, avaliou.
A secretária Eliani aproveitou a oportunidade para lembrar que o retorno presencial das aulas é pensado desde que as portarias municipais e estaduais começaram a ser modificadas e que foi constituído o Comitê Municipal de Contingência Covid-19, o qual ela preside.
“Nós temos trabalhado incessantemente, tanto na orientação quanto na fomentação de formação para os profissionais da educação, e, sobretudo, para que cada unidade escolar tenha seu plano de contingência, de acordo com a sua realidade. A partir do momento em que esses regramento estão estabelecidos nesse plano de contingência, eles passam a ser observados, acompanhados e fiscalizados pelo comitê. Há uma responsabilidade de todos os entes, tanto dos 22 representantes do comitê, quanto de cada comissão escolar, seja da rede privada, pública, estadual, municipal ou federal. E nós durante esse período, além de estarmos fazendo com que as aulas continuem, pela plataforma Moodle ou pelas atividades impressas, já estamos nos preocupando com 2021”, explicou.
Segundo Eliani o ano letivo de 2020 vai continuar em 2021 e o currículo vai ter que ser ajustado. “O que a rede municipal está fazendo de concreto e pela primeira vez na sua história? Está fazendo a aplicação de um instrumento, de uma sondagem pedagógica, uniformizado do 1º ao 9º ano, procurando conhecer quais habilidades essenciais foram desenvolvidas do 1º ao 5º ano em todas as áreas e do 6º ao 9º das linguagens e de matemática. A partir do resultado vamos planejar as atividades pedagógicas para 2021. Então a rede municipal estabelece 8 de fevereiro como data de início, para que tenha a partir dessa data o vislumbramento de um possível retorno. Agora de novo, ele não se iguala em nada a tudo que nós já vivemos até então”, ressalta.
Para o prefeito de Brusque foi uma reunião importante para definir uma data de retorno das aulas presenciais. “O prefeito Matias vai levar esse assunto para a reunião da AMMVI, que será feita amanhã em Blumenau e na quinta-feira com os 14 prefeitos vamos discutir esse assunto. Então foi uma reunião muito boa e produtiva”, frisou.
Paegle também comentou sobre os benefícios dos encontros presenciais para os estudantes. “A aula online é individual e o aluno fica ali diante do computador. Uma aula presencial é muito melhor para a saúde, porque ele discute com o colega, troca ideias em um mesmo nível, mesma faixa etária, mesmo pensamento”, comentou.