Retrô FC/Divulgação
Retrô moderno: adversário do Brusque na Copa do Brasil tem infraestrutura e investimentos de time grande
Clube pernambucano mira alto em sua primeira temporada de competições nacionais
Adversário do Brusque na Copa do Brasil, o Retrô (PE) tem uma história curta, com investimento pesado em infraestrutura para crescer nos âmbitos estadual e nacional. Com cinco anos de existência, o clube estreia em competições nacionais em 2021, contando com dois centros de treinamento e trabalhos voltados para categorias de base.
O Retrô foi fundado em fevereiro de 2016 pelo empresário Laércio Guerra, fundador e diretor-geral do Centro Universitário Brasileiro (Unibra), instituição de Ensino Superior em Pernambuco fundada em 2008. O propósito inicial era o projeto social da Unibra para crianças e adolescentes de famílias de baixa renda. O clube é sediado em Aldeia dos Camarás, no município de Camaragibe, na região metropolitana de Recife.
O clube se filiou à Federação Pernambucana de Futebol em 2018, e disputou sua primeira competição em 2019: a Série A2 estadual. Conquistou o acesso e ficou no segundo lugar do campeonato, perdendo a final para o Decisão nos pênaltis.
Em 2020, o Retrô ficou no terceiro lugar da primeira fase do Campeonato Pernambucano, atrás apenas de Salgueiro e Santa Cruz, e à frente de forças como Náutico e Sport. No entanto, foi eliminado nas quartas de final para o Afogados. Com o terceiro lugar na primeira fase, garantiu as vagas para a Série D e para a Copa do Brasil de 2021. Será a estreia do clube em competições nacionais. Ou seja, o Brusque será o primeiro adversário não-pernambucano em um jogo oficial.
Estrutura
O Retrô possui dois centros de treinamento, nos quais realiza os trabalhos das categorias de base, do projeto social e do time profissional. Os locais possuem área de treino, quadra poliesportiva, salas para atendimentos médicos e nutricionais, sala de reuniões, área administrativa, auditório, hotel, salas de aula e laboratórios. A estrutura é avaliada em R$ 35 milhões.
No início de 2020, Laércio Guerra revelou que a folha salarial do clube girava em torno de R$ 400 mil, e que o investimento total até então era de R$ 50 milhões. Uma das metas é chegar à Série B do Campeonato Brasileiro em 2024. Portanto, o grande desafio do Retrô, assim como todo clube-empresa que nasce do zero e não possui torcida expressiva, é ser longevo e sustentável.
O clube pretende ter um estádio, e foram consideradas algumas opções: construir um em Camaragibe, ou reformar o Grito da República, em Olinda. Por enquanto, é mandante na Arena Pernambuco, localizada em São Lourenço da Mata, na região metropolitana de Recife. Foi uma das sedes da Copa do Mundo de 2014.
Conflito com o Sport
Laércio Guerra fez parte da diretoria do Sport no biênio 2017-18. Neste período, chegou a fazer empréstimos ao clube, que estava com problemas financeiros. De 2019 em diante, vive um conflito jurídico com o Sport, do qual cobra cerca de R$ 3,8 milhões na Justiça. Cerca de R$ 700 mil foram emprestados enquanto pessoa física, e o empréstimo de outros R$ 3 milhões foram realizados pela Unibra. Em meio ao imbróglio, parte da sede do Sport chegou a ser penhorada.
Início de temporada
O Retrô disputou apenas dois jogos da temporada 2021, obtendo uma vitória e um empate: venceu o Sete de Setembro por 3 a 2 na primeira rodada do Pernambucano. Em 3 de março, empatou em 1 a 1 com o Afogados. Mayco Félix é o artilheiro até aqui, com dois gols marcados.
Em 5 de março, o filho de Laércio Guerra, Diego, participou de jogo-treino entre o Retrô Sub-20 e a Seleção Brasileira Sub-18. Aos 14 anos, Diego Guerra marcou o gol de honra na goleada por 7 a 1 no CT do Retrô.
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