Rio Itajaí-Mirim é lar de diversas espécies de peixes e fonte de alimento para aves; confira
Peixes são o principal alimento das aves
Além destas, também são dependentes do rio a saracura, jaçanã, savacu-de-coroa e pernilongo-de-costas-brancas.
A população ainda pode se deparar com outras aves como a garça-branca-grande, garça-branca-pequena, saracura, jaçanã, savacu-de-coroa,, gavião-carrapateiro, joão-de-barro, siriri, urubu-cabeça-preta, bem-te-vi, pernilongo-de-costas-brancas, quero-quero e tapicuru-de-cara-pelada.
O rio também é local para aves migratórias. Ulber explica que aves vêm de locais como a Argentina e param em Brusque por um período. Descansam, se alimentam e depois seguem viagem para o Norte.
Peixes
O Itajaí-Mirim é lar de peixes de pequeno porte como lambaris, piavas, cascudos, bagres e carás. “Já foram levantadas 25 espécies de peixes para o rio Itajaí-Mirim, mas o número real provavelmente é muito maior, principalmente se levarmos em consideração os afluentes que desaguam no rio Itajaí-Mirim”, comenta o biólogo Rafael Scheffer.
Além disso, há espécies exóticas, originárias de outros países como a tilápia-do-nilo, carpa-capim e carpa comum. “Essas espécies são criadas em açudes e viveiros na área rural, que muitas vezes se rompem ou tem o seu transbordamento em períodos e muita chuva, levando essas espécies para os rios”, explica Scheffer.
Essa introdução de espécies exóticas ou mesmo nativas de outras regiões é prejudicial para as espécies da bacia do rio Itajaí-Mirim, porque podem sofrer predação pelas novas espécies, que também podem transmitir doenças e parasitas, causando um desequilíbrio nos peixes nativos.
Como os peixes vivem diretamente no rio, é importante que a água tenha boas condições ecológicas. “É de extrema importância para a sobrevivência dos peixes, pois permite que ocorra a melhor distribuição entre espécies de peixes com características alimentares distintas, tornando o ambiente aquático equilibrado e ajudando na preservação do rio”, diz o biólogo.
A poluição reduz a concentração de oxigênio nas águas, devido ao aumento na concentração de matéria orgânica. “Isso faz com que ocorra uma diminuição e até o desaparecimento de organismos considerados produtores primários (insetos aquáticos e algas fitoplanctônicas), os quais são a fonte alimentar da maioria das espécies de peixes”, ressalta Scheffer. O desaparecimento destes organismos pode aumentar a competição por alimento.
“Trechos do rio no período urbano, que recebem diariamente efluentes sem o devido tratamento, faz com que ocorra a presença apenas de espécies mais tolerantes a poluição, como algumas espécies de bagres e de espécies exóticas como a tilápia, e fazendo com que algumas sensíveis como bagrinhos do gênero Trichomycterus e Glanidium, cascudos do gênero Pareiorhaphis, e os lambaris dos gêneros Astyanax e Bryconamericus”, finaliza o biólogo.
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