Ritmo da vacinação contra Covid-19 em Brusque tem queda de 21% em maio
Secretaria de Saúde explica que falta de insumo para produção de vacinas causou redução em diversos municípios
Ritmo da vacinação contra Covid-19 em Brusque tem queda de 21% em maio
Secretaria de Saúde explica que falta de insumo para produção de vacinas causou redução em diversos municípios
- 03/06/2021
- 7:00
A vacinação contra a Covid-19 em Brusque diminuiu 21,30% em maio. Os dados foram apurados em consulta ao site da Secretaria de Saúde, no Painel de Vacinação. Em abril foram aplicadas 15.438 vacinas (entre primeira e segunda dose), já em maio foram 12.149, ou seja, uma redução de 3.289 doses.
Desde o início da vacinação em Brusque, já foram aplicadas mais de 44 mil doses da vacina. Deste número, mais de 25 mil são imunizantes da CoronaVac, 15 mil da AstraZeneca e 3 mil da Pfizer. Conforme aponta o painel, de todas as vacinas já aplicadas, 67% são primeira dose e 33% representam a segunda dose.
O secretário de Saúde de Brusque, Osvaldo Quirino de Souza explica que o motivo para diminuição das doses aplicadas no último mês foi a falta do ingrediente farmacêutico ativo (IFA), insumo fundamental para a produção de vacinas.
Com a falta do produto, a produção de vacinas diminuiu e, consequentemente, menos imunizantes foram entregues para as cidades. “Houve uma redução global, e proporcionalmente, para todos os municípios. Agora o governo recebeu bastante insumo. Tanto o Butantan quanto a Fiocruz vão começar a produzir mais, pois tem bastante insumo”, salienta.
Armazenamento
Ele também comenta que inicialmente foi registrada dificuldade para armazenar as vacinas da Pfizer. Segundo ele, nem todos os locais tinham câmara fria para receber a dose inicial e conservá-la em -70º. “Depois que você abriu o frasco você pode armazenar em -2º e -8º por 6 horas, mas até utilizar a primeira vez tem que ser -70º. Então dificultou um pouco pois a maior parte dos estados não tinha estrutura”.
Segundo o secretário, a pasta recebeu a doação de um freezer para armazenar os frascos da vacina. “Elas ficam armazenadas e depois são distribuídas para os locais de vacinação. Depois que chegou ao local de vacinação, ela tem 6 horas para ser utilizada”, pontua.
Dessa forma as doses que sobram nos frascos podem ser armazenadas e utilizadas posteriormente. “Não dá aquela sobra, pois a da CoronaVac, se sobrar no frasco, não dava para reutilizar. Nós tínhamos que aplicar nas pessoas que estavam próximas, a chamada xepa da vacina. Com a da Pfizer não tem isso”, explica. Já a vacinada AstraZeneca, após aberta, pode ser utilizada até 16 horas.
Vacinação por faixa etária
Com base no aumento de produção será possível aumentar a vacinação para faixas etárias, conforme divulgado pelo governo do estado na semana passada. “Vão liberar, além das comorbidades, os grupos de 59 a 18 anos e sem comorbidades”, diz o secretário.
Segundo o secretário, a vacinação para faixas etárias deve retornar em três semanas. Ele explica que esse é o prazo para finalizar a aplicação do imunizante nas pessoas com comorbidades.
Semelhante ao que era feito anteriormente, a vacinação ocorrerá por grupos de idades, como, por exemplo, de 50 a 59 anos, de 40 a 49 anos e assim por diante. “Ainda não foi definido, mas a princípio será o mesmo ordenamento que vinha ocorrendo”.
Souza acredita que com o aumento da produção de vacinas, 70% da população deve ser imunizada com a primeira e segunda dose na cidade.
“O que tem sido ventilado é que até setembro se consiga uma imunização bem importante da população. Antes esse prazo era maio, mas diminuiu [a quantidade de vacinas]. Agora com a ampliação creio que até setembro vai contemplar, pelo menos os grupos mais vulneráveis, ou chegar a 70% da população”, explica.
Atualização às 16h17 do dia 15/06 – A diretoria de Vigilância em Saúde de Brusque informou que após aberta, a vacina da Pfizer pode ser utilizada por 6 horas e não 36 horas. A informação já foi corrigida no texto.
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