Rock na Praça atrai apaixonados pela música e divulga bandas autorais brusquenses
Oito grupos se apresentaram no evento que ocorreu no Pavilhão Maria Celina Vidotto Imhof
Oito grupos se apresentaram no evento que ocorreu no Pavilhão Maria Celina Vidotto Imhof
Neste sábado, 10, ocorreu a 19° edição do Rock na Praça. O evento foi realizado no Pavilhão Maria Celina Vidotto Imhof e atraiu diversos apaixonados pelo rock. Ao todo, oito bandas se apresentaram nesta edição, sendo sete autorais e uma cover do Foo Fighters, a The Fighters.
O evento é organizado pela Fundação Cultural. Segundo o coordenador da pasta, Igor Alves Balbinot, a cada edição o público e as bandas se renovam. Ele diz que o evento ocorreu no pavilhão devido o aconchego e conforto.
“Temos praça de alimentação aqui, serviço de bebida e estacionamento. Acho que o público se sente mais em casa”, afirma.
Para ele, o evento é uma parceria entre a Fundação Cultural e as bandas. “Boa parte dessas bandas se preparam o ano inteiro, gravam seus trabalhos, movimentam a economia do setor através dos estúdios de gravação, compra de instrumentos musicais e tudo que envolve esse ramo”, declara.
“Rock não é só música. É movimentação da economia também, porque em Brusque devemos ter catalogadas mais de 20 bandas autorais”, acrescenta.
O coordenador diz que as bandas procuram participar do evento e que sentem retorno do público. “Tocar para um público com uma quantidade razoável de pessoas, com uma sonorização profissional e a divulgação da Fundação Cultural ajuda na visibilidade das bandas”.
Fabio Pioczkoski, o Pio, 33 anos, é baixista da banda brusquense Morenas Azuis. Pela segunda vez consecutiva, ele montou uma banca para divulgar o trabalho autoral dos grupos de Brusque e região. O intuito é fomentar a cultura da música autoral de Brusque.
“Apesar de tudo estar disponível na internet e nas plataformas de streaming, ainda tem gente que coleciona, quer comprar um souvenir, um adesivo”, diz.
Entre os materiais ofertados estão CDs, camisas, bottons e adesivos. “Oferecemos a opção de pagamento com cartão de crédito, o que facilita para as pessoas na hora de comprar. Mas a parte de camisetas é o que mais chama atenção”, conta.
Pio diz que o dinheiro que entra com as vendas é repassado para cada uma das bandas que tiveram o material vendido. “Não fica nada para mim. Alguém tem que tomar a frente para se ajudar, é um trabalho voluntário”.
Na avaliação do roqueiro que frequenta o evento desde a primeira edição, a participação dos jovens é positiva. “Incentiva quem está na fase dos 15 e 16 anos. Quando eu estava nessa idade ia nos eventos de rock e pensava em tocar no evento. Hoje, já toquei em alguns eventos e poderei tocar novamente com a Morenas Azuis”.
Para ele, a iniciativa da prefeitura e da Fundação é muito importante e o evento já é consolidado na cidade.
A família De Paula participa do evento há 12 anos. Carla Uhrmann, 37, é natural de Venâncio Aires, no Rio Grande do Sul, mas veio para Brusque em 2007. Devido a paixão pelo rock, ela não perdeu uma edição desde que chegou na cidade. “Eu gosto de rock e é um dos poucos eventos que dá para trazer toda a família”, avalia.
Carla aprendeu a gostar de rock com os amigos e fez questão de passar isso para as filhas, Merilyn, 13, e Melissa, 2. Além delas, o esposo Eron de Paula, 40, também é apaixonado pelo rock. Segundo ela, a família inteira gosta de Ramones.
Outra família que também gosta de participar do evento é a Saporito. Leia, 60, afirma que aprendeu a gostar de rock na juventude, quando morava em São Paulo.
Ela diz que a família é eclética e gosta de qualquer tipo de música, desde que seja boa. “Todo mundo gosta muito de música. É uma família musical”.
Os filhos Leandro e Ingrid aprenderam a paixão pelo rock com a mãe e hoje são cantores. “Ver meus filhos cantando é muito bom, me dá orgulho”.
Na avaliação dela, o evento é ideal para as bandas que estão começando e não tem espaço para mostrar sua música. “O Rock na Praça dá essa oportunidade, acho muito legal isso”.
Palu Martens, 25, aprendeu a gostar de rock com os pais. O gosto foi passado de geração a geração e hoje, o filho Enzo Martens Lima, 4, também é apaixonado pelo rock e ama a banda AC/DC.
Segundo ela, foi o pequeno que a motivou a ir nesta edição. “Foi ele quem pediu. Eu tinha comentado com ele e falei que teria rock pesado, mas ele gosta e estamos aqui”, diz.
Naiane Pinheiro, 22, participou pela primeira vez do evento e foi prestigiar a banda de um amigo do esposo Fredson Gonçalves, 32. Ela não tinha participado de nenhum evento de rock antes, mas gostou do Rock na Praça.
O público pode encontrar na praça de alimentação alguns food trucks. O proprietário da Hunt Food Truck, Clauci Petri, 44, diz que recebeu o convite após participar da Fenajeep. O chef Farinha, como é conhecido, diz que curte rock e já participou de eventos semelhantes. “Somos de Timbó e lá já participamos de quatro eventos assim”, diz.
O carrinho trabalha com porções e pizzas. “O público é variado, tem gente que vai na pizza outros nas porções”.
Herton Corte, 41, também esteve presente no evento. O proprietário do Espetinho do Gaúcho participou pela primeira vez no Rock na Praça. Para ele, eventos como este movimentam mais as vendas.
O vendedor afirma não gostar de rock, mas mesmo assim trabalha com gosto no evento. “Eu prefiro o sertanejo raiz, mas preciso trabalhar né”, brinca.