Rodoviária de Brusque sente os efeitos da pandemia com redução da procura pelo serviço
De acordo com a Prefeitura de Brusque, houve em média 60% de redução de fluxo de pessoas
De acordo com a Prefeitura de Brusque, houve em média 60% de redução de fluxo de pessoas
Assim como diversos setores da sociedade, a rodoviária de Brusque também vem sentindo os efeitos da Covid-19. Por causa da pandemia, as agências autoviárias precisaram se adaptar às novas medidas. A redução de linhas e a falta da procura pelo serviço fez com que as empresas de ônibus passassem por momentos de dificuldades financeiras.
Em Brusque, há quatro agências que trabalham diretamente com o transporte rodoviário: Reunidas, Catarinense, Auto Viação Gadotti e Santa Teresinha. Três delas são interestaduais e uma intermunicipal, respectivamente.
Os funcionários das agências afirmam que a demanda caiu, em média, 60% em fevereiro de 2021 quando comparada com o mesmo mês no ano passado, época em que Brusque ainda não possuía registros de casos de coronavírus na cidade. Os números foram confirmados pela prefeitura.
Colaboradores das agências autoviárias acreditam que a queda na procura pelo serviço ocorreu pelo medo das pessoas em entrar nos ônibus, por ser um local fechado e com pouca ventilação. Porém, a falta de recursos por causa da crise do coronavírus também é um dos fatores que, segundo eles, justificam a falta de demanda.
“Quando estava tudo funcionando as pessoas tinham um ‘dinheirinho’ para sair de casa para comprar, ou apenas viajar mesmo. Então, segurava um pouco o nosso ramo”, afirma um dos funcionários.
As empresas também tiveram que paralisar as atividades conforme determinavam os decretos de contenção à Covid-19, ficando cerca de seis meses sem operar em 2020.
Com a liberação, os ônibus precisaram se adaptar às medidas preventivas, como permitir apenas 50% de capacidade dentro do veículo, além de ofertar álcool em gel e passar a utilizar um tapete higiênico.
Houve também nova distribuição e redução de linhas. Uma das empresas, inclusive, não realiza mais viagens para Blumenau, por exemplo. As linhas para Florianópolis também foram reduzidas, atualmente com um único horário apenas em uma das empresas.
Além disso, os ônibus estão trabalhando com capacidade bem inferior do que era antes da pandemia, conforme explica um dos funcionários. “Saímos com poucos passageiros e temos que ir ‘pingando’ nas cidades da região para conseguir manter a linha”, diz.
O diretor da rodoviária e do terminal de Brusque, Gilson Machado, que responde à Secretaria de Finanças, Orçamento e Patrimônio da Prefeitura de Brusque, confirmou a redução da procura pelo serviço no município durante o período da pandemia. Ele reforça que hoje as empresas trabalham, em média, com 60% a menos de público.
Segundo os dados oficiais da prefeitura, a Reunidas teve uma queda de 80% no fluxo de pessoas durante a pandemia, com apenas 10% das linhas em atividade. De acordo com Machado, a Reunidas é a empresa que mais registrou falta de procura em tempos de crise na saúde e na economia.
Entre as demais, a Auto Viação Gadotti registrou queda de 60% no fluxo. A Catarinense, 50%, e a Santa Teresinha também 50%.
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