Depois do acesso, Brusque tenta a cereja do bolo: o título da Série C
Elenco mostra comprometimento apesar dos atrasos salariais e passou por jogos muito intensos para subir de divisão
Elenco mostra comprometimento apesar dos atrasos salariais e passou por jogos muito intensos para subir de divisão
Meu amigo Rui Guimarães, ex-técnico de futebol e comentarista, uma vez disse que “campeonatos de acesso não tem um, mas quatro campeões”. Com duas rodadas de antecedência e jogos muito intensos, o Brusque chegou lá. A diretoria correu um risco ao montar esse time, até podendo ter muitas complicações em caso de insucesso. Mas o técnico e os jogadores corresponderam, e o resultado está aí.
Mas dá pra ir mais longe. O time está na final do campeonato para buscar o segundo título nacional da sua história, já carregando uma “casca” de poder enfrentar qualquer adversário do outro grupo sem tremer. Aliás, esse time não sente ao jogar fora de casa.
O jogo deste sábado, 23, contra o São Bernardo, será contra um time que precisa vencer de todo jeito para ter chance de acesso. O clube botou até ingresso grátis para os torcedores. O Brusque tem duas situações para resolver antes da final: primeiro, garantir a decisão em casa, e depois controlar os pendurados por cartões. Sem problemas no Departamento Médico, é a certeza de que o time entrará voando na final, seja contra o Paysandu ou outro time do Grupo C.
Depois da vitória heroica da semana passada, em uma virada que parecia improvável, o Brusque deu mais uma prova de que sabe o que quer e não teme o que vê pela frente. Esse elenco mostrou comprometimento, mesmo com o atraso de salários que a diretoria já admitiu e está correndo pra resolver. Temos que agradecê-los pelo que estão fazendo.
A diretoria do Brusque esteve reunida com o prefeito André Vechi para fazer uma aproximação e para verificar no que a Prefeitura pode apoiar o clube. Num primeiro momento, o presidente Danilo Rezini pediu apoio para que a administração possa ajudar na terraplanagem para a construção do novo CT, que será na mesma área do estádio, na Estrada da Fazenda. Quanto ao estádio em si, um projeto já existe e foi entregue ao prefeito. Seria uma concepção mais enxuta daquela ideia da Arena Havan.
O assunto Estádio Augusto Bauer também vem sendo comentado, até por causa da necessidade que o Carlos Renaux tem, por contrato, de bancar uma obra de preparação de piso para a colocação do gramado sintético, que já foi comprado pelos investidores que estão fazendo a reforma. O tricolor quer ajuda da Prefeitura para isso, mas há um entendimento de que se o Brusque não estiver dentro desse processo, como maior usuário do estádio, não vai ter acordo. É um assunto complexo.
A ida para a Série B do Brasileiro representará, de forma garantida, mais de R$ 10 milhões no caixa do Brusque no ano que vem. A Copa do Brasil tem uma cota diferenciada para times da segunda divisão: neste ano, foi de R$ 1,25 milhão na primeira fase e mais R$ 1,4 milhão em caso de passagem para a segunda fase. Isso sem contar novos patrocinadores, uma vez que a exposição na segunda divisão nacional pode garantir um faturamento maior no uniforme.
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