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Brusque em reformulação

A saída do artilheiro Edu do Brusque era algo mais ou menos desenhado. Seus 17 gols na Série B chamaram a atenção do mercado, e o Cruzeiro não demorou pra formular uma proposta oficial e bater o martelo. O jogador vai receber um salário bem melhor, o Brusque fatura uma grana que não estava prevista […]

A saída do artilheiro Edu do Brusque era algo mais ou menos desenhado. Seus 17 gols na Série B chamaram a atenção do mercado, e o Cruzeiro não demorou pra formular uma proposta oficial e bater o martelo. O jogador vai receber um salário bem melhor, o Brusque fatura uma grana que não estava prevista a essa altura do ano e todos ficam felizes.

O Bruscão perde um jogador que fez história, mas o futebol descobriu um cara gente boa e trabalhador que vai para um clube de torcida gigante buscar algo mais alto. A venda foi no momento certo: o contrato termina em menos de um ano, e talvez isso poderia fazer com que o clube não lucrasse mais no caso de uma venda. Caso parecido é o de Thiago Alagoano, que teve uma baita proposta do Goiás no início da Série B, fez o Brusque aumentar o salário, e agora é muito difícil encontrar uma oportunidade como aquela. Se ele quiser ficar por aqui, terá que se adequar à realidade salarial.

A reformulação do Brusque para 2022 tem duas etapas: a primeira, para o deficitário campeonato catarinense, que neste ano não vai pagar absolutamente nada de cota de TV para os clubes. Os reforços chegarão para que o time tente o bicampeonato estadual, mas uma reserva precisa ser guardada para a Série B.

Muita gente foi embora, e o Brusque precisa aprender algumas lições de 2021: por exemplo, o time chegou a ter 12 atacantes no plantel, e sofria com falta de zagueiros. O objetivo agora é conseguir um time mais “equilibrado”, para que o treinador não tenha que sofrer com improvisações. Outro problema que o Bruscão terá é o tempo curto: o time se reapresenta no dia 3 e já tem jogo no dia 23 em Concórdia, numa primeira fase de estadual que terá 11 jogos em 5 semanas e meia, sem muito tempo pra respirar.

A venda de Edu vai servir para o Brusque quitar a premiação dos jogadores pela permanência na Série B. Além disso, o clube finalmente vai se reorganizar no departamento de base com a contratação do ex-volante Miguel para coordenar. A médio prazo, isso poderá gerar ativos que cairão na conta. O Brusque caminha para uma reformulação muito mais tranquila, depois de aprender os “mistérios” de uma Série B.

Diretoria

O Brusque terá eleições na semana que vem, com a recondução do presidente Danilo Rezini para mais um mandato de dois anos. O clube também pretende organizar algumas mudanças do estatuto. Além disso, tem gente chegando pra reforçar o corpo diretor: segundo Danilo, o empresário Roberto Zen, que atualmente é Diretor Regional do Sesi, deve se juntar ao grupo para trabalhar no departamento de base.

Estádio

Enquanto o gramado do Augusto Bauer passa por uma necessária manutenção, o Brusque segue negociando com a Fiesc para a compra da área do Centro Esportivo do Sesi, na Rodovia Antonio Heil. A situação caminha para um entendimento, com a Prefeitura colocando a venda a área de 74 mil metros quadrados no Complexo Chico Wehmuth para que o dinheiro possa ser usado para comprar as instalações do Sesi. O que mais me preocupa é o tempo para fazer isso se tornar realidade. O presidente Danilo Rezini me afirmou que pretende, caso a venda da área realmente saia, montar arquibancadas provisórias para poder mandar os jogos da Série B em Brusque. Para isso, é necessário aval da CBF.