Rodrigo Santos

Jornalista esportivo - [email protected]

Brusque joga para chegar no topo

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Brusque joga para chegar no topo

Rodrigo Santos

O Brusque vive uma situação muito interessante no campeonato catarinense. Não jogou no meio de semana, o que deu tempo para que o time pudesse trabalhar sem atropelos. Tem pela frente ainda quatro jogos na fase de classificação, sendo três em casa e um fora, contra o Joinville. De quebra, viu o líder Hercílio Luz perder para o Barra na quarta-feira, o que abre uma possibilidade de depender somente de si para liderar a primeira fase.

O jogo desse domingo promete ser complicado. O Barra começou mal o campeonato mas conseguiu reagir. Está longe da zona de rebaixamento e deve se classificar para a segunda fase com mais uma vitória. É o tipo de jogo bom para testar novas formações no time, que serão provocadas por lesões.

Waguinho Dias já avisou que Fernandinho dificilmente estará em campo no domingo, o que abre a possibilidade para que Lucas Silva, um camisa 9 típico, faça sua estreia no time titular. Zé Mateus continua sendo dúvida por causa da cirurgia no nariz, mas Jailson entrou muito bem na partida em Jaraguá do Sul, sendo o melhor em campo.

O bom de tudo isso é que o time mostra um leque interessante de opções que podem ser aproveitadas e testadas. Já classificado para a segunda fase, o time tem a missão de ser o primeiro colocado, mas não tem o desespero que sofre a turma de baixo para ver se um time com homem de referência na frente não pode ser uma opção melhor.

A diretoria sinalizou que vai trazer de 6 a 8 jogadores para a Série B, o que pode mudar um pouco a cara desse time. Mas para o Catarinense, é importante chegar voando no mata-mata. E o time vai se desenhando para terminar a primeira fase em ótimo preparo.

Estádio

O Brusque aguarda para qualquer momento uma manifestação da CBF ao pedido para que o time possa jogar no Augusto Bauer as partidas da Série B, mesmo com a capacidade abaixo de 10 mil pessoas sentadas prevista no regulamento. O presidente Danilo Rezini tem o entendimento que a capacidade não é uma condição definitiva para que um estádio seja ou não liberado, e sim as condições gerais do local. Ele tem se reunido com a diretoria do Carlos Renaux para discutir essa questão das exigências, que passa pela condição do gramado, severamente criticado no ano passado, e as polêmicas placas de publicidade no muro, que inclusive rendeu multa por parte da CBF. As Federações Catarinense e Mineira (já que o Tombense vive o mesmo problema) estão agindo junto.

Em crise

Faltando três rodadas para o fim da fase de classificação do Campeonato Catarinense (no caso de Brusque e Marcílio dias, quatro), três times tradicionais vivem uma crise profunda: Avaí, Figueirense e Joinville namoram com a zona de rebaixamento e é bem tranquilo de se dizer que um deles irá cair, com o Juventus fazendo companhia. E tem mais: caso o time de Jaraguá vença o Figueira amanhã, no João Marcatto, tem risco de dois desses três caírem. Ambos deram aula de como não se monta um time de futebol. O Avaí, com investimento de Série A, não consegue montar um time competitivo e já cria preocupação para o Brasileiro. Já JEC e Figueirense tem orçamentos mais modestos, o que não pode servir de desculpa para o retrospecto ruim. O Hercílio Luz e o Camboriú estão aí para provar.

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