Brusque soma quatro pontos perdidos em casa
Ainda que a classificação do Brusque esteja tranquila no Campeonato Catarinense, os dois empates seguidos dentro de casa, contra Criciúma e Concórdia, poderão cobrar a conta lá na frente se o time não buscar pontos nas duas próximas rodadas que serão fora, contra Avaí e Marcílio Dias. Esses resultados seriam importantes para que o time pudesse dar uma descolada do estadual e ir para o jogo da Copa do Brasil de cabeça mais fresca, até com a possibilidade de poupar algum jogador que possa correr risco de lesão.
O jogo contra o Concórdia foi bem ruim. Teve o lance do pênalti claro em cima de Thiago Alagoano, e isso ninguém discute. Também teve antijogo, que foi o argumento usado pela própria comunicação do clube. Mas o lance não pode ser usado como muleta para justificar a pobreza do futebol na noite de quarta-feira. Faltou de tudo, de eficiência no passe até conclusão a gol. É o jogo que não deu nada certo.
A partida contra o Avaí, que perdeu para o Barra na quarta-feira, é um jogo que pode testar a paciência e a postura do Bruscão jogando fora de casa contra um pretendente ao título. Pressionado, o Leão poupou jogadores importantes focando no jogo de amanhã, tentando chegar mais perto da liderança. Se o time quiser buscar uma reação, terá que ser nesse jogo em Floripa, porque houve uma queda de rendimento do ataque nos últimos três jogos, que talvez tenha sido um pouco mascarada pela vitória em Joinville. É claro que isso precisa evoluir, e o treinador precisa tentar nova opções com as peças que tem.
Copa do Brasil
O Brusque enfrentará o Marília na primeira fase da Copa do Brasil, em data ainda a ser anunciada pela CBF. Será jogo único, em São Paulo, com o Brusque jogando pelo empate. O MAC é o quinto colocado da Série A3 do Campeonato Paulista e vem com uma campanha irregular. Mesmo assim, tem um investimento alto e promete ser pedreira. O jogo valerá um Pix de R$ 900 mil, e a vaga para enfrentar Tuna Luso ou CSA na segunda fase, valendo mais de R$ 2 millhões.
Caixa
O presidente Danilo Rezini deu entrevista nessa semana falando que, financeiramente, o Brusque está caminhando para um “colapso” e que o clube teria uma tranquilidade para alguns meses. O plano de sócios-torcedores não pegou: são pouco mais de 300 associados, quando o esperado eram 2 mil. Há uma dificuldade cultural do torcedor brusquense se associar, ao invés de comprar ingresso na hora para ir no jogo. Além do mais, recebi reclamações de que a forma de pagamento, através de cartão de crédito, não é a melhor, até porque tem gente que simplesmente não usa esse meio de pagamento.
Formas
O Brusque precisa copiar exemplos de outros clubes para tentar capitalizar. Por exemplo, hoje são apenas três parcerias para associados em mais de um mês de programa, enquanto que outros clubes têm quase 100. A forma de pagamento do sócio, que poderia ser feita mensalmente ou em débito em conta, também precisa ser colocada em prática. Se outros clubes fazem e dá certo, não tem porque do Brusque exigir a compra de seis meses adiantado no cartão.