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Foco no quadrangular

O Brusque fez, tranquilamente, o melhor jogo pós-paralisação da pandemia contra o Criciúma. A boa notícia é que o time, finalmente, encontrou uma forma de jogar sem Edu. Itinga e Garcez, dois homens goleadores, tem o apoio de Edilson na ponta direita sem aquela obrigação de voltar pra marcar, tendo João Carlos mais atrás para […]

O Brusque fez, tranquilamente, o melhor jogo pós-paralisação da pandemia contra o Criciúma. A boa notícia é que o time, finalmente, encontrou uma forma de jogar sem Edu. Itinga e Garcez, dois homens goleadores, tem o apoio de Edilson na ponta direita sem aquela obrigação de voltar pra marcar, tendo João Carlos mais atrás para fazer essa proteção. Some-se a isso a boa opção por Guilherme Escuro (e aí temos uma disputa de posição) e temos um time bem mais equilibrado em campo.

Há, porém, um problema grave: a defesa. A zaga reserva vem se atrapalhando nas bolas aéreas. Cleyton falhou contra o Ceará e voltou a falhar contra o Criciúma. Tanto que Jerson Testoni colocou Neguete no seu lugar durante a última partida. Mais a frente, teremos as voltas de Ianson e, principalmente, de Everton Alemão, o melhor defensor do time. O plantel é enxuto do meio pra trás e, pra manter o nível, é necessário ter até um pouco de sorte. Mas, definitivamente, há problemas a serem solucionados na linha de zaga.

Com 22 pontos conquistados no turno, 5 a frente do vice-líder Ypiranga e dez a mais que o Criciúma, quinto colocado, só uma catástrofe tira o time do quadrangular que define o acesso. Pra se ter uma ideia, no ano passado, os quatro classificados do Grupo B fizeram 28 pontos. Teoricamente, com mais duas vitórias em nove jogos, o time carimba sua classificação e vê o sonho da Série B mais perto.

O time mostra novas armas: Itinga e Garcez tem presença na área. Esse último, aliás, estendeu vínculo até o fim de 2024 com o clube, que viu ali uma boa oportunidade de investimento. Fez dois bons jogos contra Londrina e Criciúma e está aparecendo bem, com velocidade e boas penetrações na área. É uma mudança de sistema que, finalmente, encaixou no time do Bruscão.

A segunda fase será lá no final do ano. Se o Brusque classificar em primeiro ou em quarto, não há diferença, já que serão três jogos em casa e três fora no quadrangular. Mas todo esse tempo será útil para analisar situações do elenco e encontrar reforços pontuais que são necessários para a parte mais complicada da guerra.


Estádio

Pergunta que me fizeram mais de uma dezena de vezes depois da vitória do Brusque sobre o Criciúma: onde o time vai jogar a Série B caso consiga o acesso? A próxima fase da Série C já teria a exigência de estádio para 10 mil torcedores, mas como as partidas terão portões fechados, a CBF não vai proibir jogos no Augusto Bauer. Mas em caso de acesso, no Brasileirão do ano que vem, tem problema a ser resolvido. O assunto da Arena esfriou e não se ouve mais ninguém falar disso. E sabemos que não se levanta estádio de um dia pro outro.


Criciúma

O Tigre passou por profundas mudanças depois da derrota para o Brusque: sem convencer desde o Estadual, o clube não só demitiu o técnico Roberto Cavalo como mandou embora o auxiliar, o preparador físico e até o diretor de futebol. Itamar Schulle, que teve uma passagem relâmpago pelo Brusque há uns anos atrás, assume o clube pressionado. Há uma “obrigação” originada da torcida para que o time volte para a Série B neste ano.


Série C

O Carlos Renaux esterará contra o Atlético Batistense, em São João Batista, na Série C do Catarinense que começa apenas em 13 de dezembro, terminando em janeiro. O tricolor tem uma chance única de conseguir o acesso para a Série B do Estadual: são oito times, sendo que alguns deles tem estrutura bem precária, jogando em turno único com os três primeiros conseguindo o acesso. Com um esforço, dá pra chegar na segundona.