Muita calma nessa hora
O torcedor que foi ao Estádio Augusto Bauer saiu de lá extremamente irritado com o gol anulado pela arbitragem de vídeo no final do jogo contra o Sampaio. Tenho a certeza de que o árbitro que revisou o lance errou feio ao traçar a linha no vídeo. A revolta se justifica, dentro dos limites, mas no restante do jogo o time foi bem abaixo do que jogou contra o Cruzeiro. Muito abaixo.
A gente precisa dividir o jogo em duas situações: a da arbitragem, que ja tratei aqui, e a do campo e bola, onde o time jogou muito, mas muito abaixo do que poderia jogar. Um time lento, sem inspiração, que acabou envolvido em uma retranca do Sampaio e que precisou de um pênalti para abrir o placar, com poucas chances criadas na área e falta de qualidade do ataque. Alex Sandro, de boa atuação contra o Cruzeiro, novamente foi um jogador apagado. Luan Carlos tentou mexer, mas no final do jogo houve muita vontade com pouca organização contra um time que só tinha feito dois pontos fora de casa até agora na Série B. Paulo Baya perdeu um gol sozinho com o goleiro, com a bola na pequena área.
A reclamação contra a arbitragem tem um contorno maior porque o time teve dificuldade para atacar, e quando conseguiu chegar, o árbitro de vídeo anulou. Mas é importante ressaltar que o time tinha como jogar muito mais contra o Sampaio. Não adianta ser um leão contra time grande para ser tímido contra um adversário direto. São cinco empates seguidos, sendo três em casa, com um jogo perigosíssimo contra o desesperado CSA na terça. Eu quero menos discurso, quero mais bola na rede. Minha conclusão clara é que, se o time jogasse mais, ou jogasse o que já mostrou que consegue jogar, não iria depender de um lance e da má arbitragem para garantir a vitória.
Gramado
A semana foi de muito diz-que-diz sobre a situação do gramado do Estádio Augusto Bauer, que virou protagonista do jogo contra o Cruzeiro por causa do pênalti anulado de Gabriel Taliari. A partir do final do jogo, iniciou uma discussão sobre de quem seria a responsabilidade pela manutenção do campo, que já estava mostrando desgaste nas áreas. A verdade é que o Brusque paga um valor para um funcionário do Carlos Renaux fazer esse trabalho. Rolou até acusação de que o Renaux estaria treinando com portões fechados no campo. Nesta semana, depois de tanto berreiro, foi feita uma operação emergencial no campo. A questão aqui é que essa manutenção seja constante, não precisando aparecer um problema para que algo seja feito. Semana que vem o gramado vai passar por mais uma provação, com o Brusque jogando na sexta e o Renaux no sábado contra o Inter de Lages.
Classificado
Com a vitória sobre o Guarani de Palhoça, o Carlos Renaux terminou a primeira fase do Catarinense da Série B na segunda colocação, garantindo a vantagem de decidir os mata-matas do acesso em casa e fugindo de um confronto com o Criciúma antes de uma eventual final. Apesar do time ter tido dificuldades no último domingo, o futebol já mostrado pelo tricolor dá grandes condições para que o acesso seja possível. O primeiro desafio é domingo contra o Inter de Lages, que escapou do rebaixamento na última rodada.
Amador
A Fundação Municipal de Esportes teve que tomar atitude depois de uma pessoa perder a visão de um olho no jogo entre Resenha e Real Brusquense no estádio do Cedrense, quando um dirigente resolveu soltar um foguete no meio da torcida. O time do Resenha acabou eliminado, e o Real avança para a próxima fase. Não foi só isso: também teve confusão no campo da Abresc depois do jogo, e os dois seguranças presentes não deram conta. O clima no fim de campeonato é péssimo: o patrocinador principal está muito chateado e a FME não vê a hora de terminar logo esse campeonato. Infelizmente, o torneio está mais marcado pelos problemas do que pelos gols.