Novo desafio
Passada a ressaca do título brasileiro da Série D, o Brusque reinicia a sua caminhada com uma difícil Copa Santa Catarina pela frente. Não houve muito tempo de treino com esse novo elenco, e até imagino que, num primeiro momento, o time do Bruscão vá sentir esse processo de “remontagem” nas primeiras rodadas, já que […]
Passada a ressaca do título brasileiro da Série D, o Brusque reinicia a sua caminhada com uma difícil Copa Santa Catarina pela frente. Não houve muito tempo de treino com esse novo elenco, e até imagino que, num primeiro momento, o time do Bruscão vá sentir esse processo de “remontagem” nas primeiras rodadas, já que a Copinha tem dois jogos por semana e pouco tempo para treinos mais específicos.
A competição que inicia neste fim de semana tem três candidatos bem claros ao título: além do Brusque, que vai entrar nos eixos com o torneio em andamento, o Marcílio Dias e o Tubarão, adversário da primeira rodada, são os adversários a bater. Os três clubes são os únicos que realmente investiram e entram na Copinha pra valer. Os outros buscam apenas participar.
E nessa estreia vai começar a era de Evandro Guimarães (que não é o ex-zagueiro que treinou o Avaí no início da década passada). Um nome desconhecido para essas bandas e que estava no futebol da Bolívia, onde não teve bons números. Mas vem recomendado por profissionais que a diretoria do Bruscão conhece.
Eu também não conhecia nada do seu trabalho. Logo, vamos torcer para que consiga manter o mesmo ritmo deste Brusque que só nos deu alegrias nas últimas semanas. É uma aposta feita pela diretoria, que nos últimos três anos trocou de técnico sempre após a terceira rodada do campeonato estadual.
O time tem muitas novidades, e fatalmente vai acabar mudando de característica. A ausência de Edilson e Junior Pirambu, principalmente, terá que ser consertada com o passar do tempo. Vejo a Copa Santa Catarina como uma espécie de laboratório. Afinal, com o time subindo de patamar em 2020, o investimento será maior, o elenco será maior, e essa competição serve como primeira “seletiva”. Hamilton, estrela do Manaus, é um exemplo: veio com contrato até o final do ano para que se possa analisar se ele se adapta no futebol aqui do Sul.
Passada a festa na Série D, agora é hora de outra “cereja no bolo”, que é a vaga na Copa do Brasil de 2020, que precisa ser conquistada no campo. Aí mesmo que o calendário do ano que vem do Bruscão será absolutamente perfeito.
Waguinho
Dois empates em dois jogos e o técnico Waguinho Dias já começou a ouvir a corneta da exigente torcida do Criciúma e da imprensa de lá, que também cobra forte. O ex-técnico do Brusque, que agora tem uma estrutura financeira forte por trás para ter um elenco grande, está indo ao mercado para trazer jogadores de sua confiança: o zagueiro Magrão, campeão aqui e que pertence ao Marcílio Dias, é um que tem grande chance de ir para o Sul do estado.
Estádio
E o assunto do estádio para 2020 volta à tona. Vamos combinar: o Bruscão terá que jogar no Augusto Bauer no ano que vem e não pode sonhar com a Arena Havan (que vai sair) para curto prazo. Tem vários problemas a resolver, passando pelo gramado, iluminação e até a estrutura para a imprensa. Ainda acredito que há possibilidade de um “afrouxamento” dessas regras para 2020, tendo em vista a dificuldade que outros clubes estão passando para se adaptar. Veja o caso do Almirante Barroso, que se reuniu com a diretoria do Bruscão na terça-feira, 3, discutindo a possibilidade de jogar por aqui, rachando os custos das adaptações. Um clube jogando em outra cidade é pedido pra inviabilizar o projeto.
Jasc
A Fesporte definiu que a tradicional cerimônia de acendimento do fogo simbólico dos Jogos Abertos de Santa Catarina acontecerá no próximo dia 2 de outubro, na Arena Brusque. A edição deste ano acontecerá em novembro, nas cidades de Pomerode, Timbó e Indaial, que receberam os Jasc em 2008, mas as competições tiveram que ser canceladas no terceiro dia por conta da grande enchente que destruiu o Vale do Itajaí.
Série C
A terceira divisão do campeonato catarinense começa na semana que vem e, com a liberação total de inscrição de atletas (até o ano passado a competição era sub-23), o investimento precisa aumentar e, quem tem cacife, monta times fortes e experientes. Quem aparece forte nesse campeonato é o time do Nação Esportes, de Joinville, estreante no futebol profissional. Mostra que quer incomodar e chegar logo na primeira divisão. O técnico do Carlos Renaux, Altair Heck, já advertia que a dificuldade da Série C neste ano seria muito alta, e por isso não prometeu campanha do tricolor igual ou melhor que a do ano passado.