O Brusque não mereceu perder, mas não mereceu ganhar
O Brusque não mereceu perder, mas não mereceu ganhar
- Por Rodrigo Santos
- 21/08/2020
- 14:00
Foi um jogo até modorrento em Porto Alegre. O Brusque, com sua zaga reserva e sem conseguir ter a mesma qualidade da partida contra o São Bento, ficou em uma partida truncada contra o São José. Sem dúvida, foi o pior dos três jogos até aqui na Série C. Uma partida onde o empate seria o resultado mais justo, não fosse a falha de Dida no gol do Zequinha.
Com barreira aberta, não se toma um gol com a bola indo em cima dele. O São José não fez nada, absolutamente nada, para merecer vencer o jogo. O Brusque também jogou bem aquém do que conhecemos: não houve pênalti em Marco Antonio, Thiago Alagoano ficou isolado, a bola queimou no pé de Johnny… Não deu nada certo.
A derrota dói, principalmente da forma como aconteceu. Mas não há motivo para desespero porque a estrada é bem longa pela frente. Sabemos que o Bruscão ainda corre atrás da tão falada identidade pregada pelo treinador, e agora tem três novos jogadores para que isso seja trabalhado daqui para a frente.
O time também vai ter que lidar com as lesões (não sabemos a gravidade das situações de Everton Alemão e Zé Carlos) e olhar pra frente. A semana será de dois jogos difíceis, contra um Brasil de Pelotas desesperado e o bom time do Ituano, no domingo.
Ninguém quer um time campeão invicto. Quer um time regular e que conquiste o objetivo do acesso. Numa fria noite de quinta em Porto Alegre, o Bruscão não deu liga. É analisar o que deu errado e pensar na próxima, e com o Departamento Médico cada vez mais lotado.
Atacantes
O Brusque foi ao mercado para trazer mais três homens de frente para dar mais opções ao treinador, bem como tentar suprir a falta de Edu. Jeferson Renan é uma opção interessante de velocidade. Itinga chega para tentar ser o 9 que Johnny não vem conseguindo ser (Jersinho disse que gostou do jogo dele contra o São Bento, mas ontem a bola queimou no pé dele) e Maurício é uma aposta que sinceramente não vi jogar, mas vem referendado com números interessantes no campeonato baiano. É interessante essa movimentação, mas o elenco já começa a ter atacante demais. Seria bom dar, de repente, uma enxugada para que se dê uma atenção para a cabeça de área e zaga, que ontem jogou com a dupla reserva.
Xavante
Passado o jogo em Porto Alegre, o Brusque “troca o chip” e se preocupa com a partida de quinta-feira, contra o Brasil de Pelotas do técnico Hemerson Maria, no Augusto Bauer. O Xavante precisa da vitória, mas vem mostrando um futebol muito pobre na Série B, com falta de poder ofensivo e muita falta de qualidade na posse de bola. Terá que fazer o que não fez até agora no Brasileirão se quiser se classificar. O Brusque terá algumas oportunidades para ampliar a vantagem e não correr riscos nessa partida que vale uma bolada.
Liberação
Cidades vizinhas estão liberando a volta ao trabalho das quadras esportivas, que existem aos montes aqui na região, que estão há meses sem poder receber o pessoal que gosta de bater uma bola. Donos de quadras de Brusque aguardam ansiosamente uma boa notícia da Prefeitura na semana que vem.
Cabe pensar
Caso o Brusque passe pelo Brasil de Pelotas na Copa do Brasil, e eu acredito nisso, o time teria que jogar a quarta fase em outra cidade, com estádio com capacidade para mais de 10 mil pessoas. Mas, como todos os jogos são com portões fechados, não haveria necessidade dessa mudança. Penso que a diretoria do Brusque tem argumentos suficientes para mandar o seu jogo da quarta fase no Augusto Bauer.