O futebol não é vilão
A frase-título desta coluna não é minha, mas faz parte de uma campanha da Federação Catarinense de Futebol para demonstrar que o futebol não é o inimigo que muitos estão plantando para justificar uma proibição das partidas profissionais.
Os jogos acontecem em ambiente controlado. Os jogadores precisam passar por até dois testes semanais, aqueles de colocar o cotonete no nariz. O acesso ao estádio é fechado pra quem vai trabalhar. O jogo em si colabora para que o torcedor fique em casa para assistir às partidas. Então, porque tem gente que não quer bola rolando, enquanto tem coisa muito pior por aí, com aglomerações a torto e direito
A CBF divulgou um estudo nesta semana comprovando que nenhum caso de Covid-19 identificado no futebol foi contraído com a bola rolando. Fora de campo, nas viagens e na vida pessoal, algum atleta pode acabar pegando a doença, mas é identificado e afastado na dura rotina de testes. Se tem um local onde há um grande controle, este é o futebol.
O Campeonato Catarinense será retomado no final de semana que vem, se nenhum decreto aparecer no meio do caminho. A Copa do Brasil seguirá normalmente, e a CBF já avisou que não tem intenção alguma em, mais uma vez, fazer um calendário mais apertado do que já existe normalmente. E, para chancelar isso, se muniu de muitos dados e estudos.
Este texto também serve de protesto. O Futebol não é o culpado pela pandemia. Passa longe disso. Deixem o pessoal trabalhar e oferecer distração pro torcedor em um momento de tanta notícia ruim.
“Bolha”
O Campeonato Catarinense acabou interrompido na semana passada por causa de decretos municipais, que iniciaram em Chapecó, proibindo a realização de jogos de futebol. No mesmo dia, Criciúma, Tubarão e Florianópolis fizeram o mesmo. Depois, Joinville e Jaraguá do Sul editaram decretos. Sobraram Brusque, Itajaí, Concórdia (cuja prefeitura só liberou jogos do time local) e Ibirama, que só terá campo pronto na semana que vem. Por isso, tivemos JEC x Marcílio ontem e teremos o Metropolitano amanhã em campo contra o mesmo Joinville. Se a Prefeitura de Criciúma não tivesse liberado ontem os jogos na cidade, a partida do Tigre com a Chapecoense também viria pra cá. Por pouco, Brusque não se transformou na verdadeira “Bolha” do Campeonato Estadual.
Reizinho
O Brusque foi obrigado a sentar na mesa com o meia Thiago Alagoano depois do assédio do Goiás, que apareceu com uma proposta salarial interessante para o jogador de 31 anos. No fim, o clube teve que colocar a mão no bolso para aumentar o salário do meia, dar uma subida no valor da multa, mas sem estender o contrato, que vai até o final deste ano. Volto a dizer: o clube precisa ir atrás de mais um ou dois meias para o plantel. Thiago não é máquina. Ele pode ter lesões ou até ser suspenso, e aí o time carece de opção pra repor. É algo que precisa ser priorizado.