O início da maratona do Brusque
O Brusque começa sua longa caminhada na temporada 2022 neste sábado carregando consigo um rótulo de favorito a chegar na final do catarinense. O plantel montado pela diretoria é bom, o time tem condição de evoluir defensiva e ofensivamente e até ter mudanças no formato do time titular, principalmente quando Luiz Antonio e Diego Jardel […]
O Brusque começa sua longa caminhada na temporada 2022 neste sábado carregando consigo um rótulo de favorito a chegar na final do catarinense. O plantel montado pela diretoria é bom, o time tem condição de evoluir defensiva e ofensivamente e até ter mudanças no formato do time titular, principalmente quando Luiz Antonio e Diego Jardel estiverem em melhores condições. A tônica do time é essa: Waguinho Dias hoje tem opções para apresentar variações táticas que eram muito restritas na Série B passada. Agora vai caber da competência do treinador em usar bem as suas peças.
O jogo de amanhã requer cuidados. O Brusque vem de menos de 20 dias de trabalho, e isso vai pesar, ainda mais enfrentando um Concórdia que treina há mais de um mês e que tem de outro lado um ótimo e experiente técnico, Itamar Schulle. O Galo do Oeste fez investimentos interessantes para a temporada, e vai brigar pela classificação. Waguinho Dias levantou esse problema na coletiva de quarta: o time ainda está bem travado e longe da preparação ideal. E eu ainda colocaria mais uma situação: se tiver algum jogador bem abaixo do ideal, é melhor deixar de fora para evitar algo mais grave lá pra frente.
Não tenho dúvida que o Brusque vai classificar entre os oito, e lá na frente o campeonato é outro. O importante é passar por essa maratona de 11 jogos em 45 dias sem perder jogador e crescendo no conjunto, para lá na frente o time estar no seu melhor. É hora de comprovar se tudo o que está no papel vai se realizar na prática. O investimento foi grande em um time bom.
Estádio
Está marcado para o próximo dia 2 o leilão do Centro Esportivo do Sesi, algo que a diretoria do Brusque já estava ciente há tempos, que é uma condição da Fiesc para negociar a sonhada área para a construção do estádio. As condições e o preço (R$ 20,7 milhões) estão na mesa, e o tempo passa para que clube e prefeitura possam viabilizar o negócio. O tempo é um grande inimigo. O Brasileirão começa no início de abril e não vai dar tempo para se levantar o estádio para 10 mil pessoas. O clube vai ter que ir atrás de outra cidade para jogar a Série B. Ou o clube pode arrumar alguma solução na CBF para permitir jogos no Augusto Bauer.
Preços
O Brusque tem na praça um plano de ingressos antecipados para os jogos em casa no Campeonato Catarinense, e para tentar provocar a compra desse plano, colocou o ingresso mais barato nos jogos em casa na bagatela de 50 reais, o que é caro. Tenho duas opiniões sobre isso: primeiro, que o torcedor que não adquirir um plano desse não é menos torcedor que quem comprou, até porque ele pode querer ir ver um jogo ou outro. Depois, que passou da hora do clube resolver criar uma categoria de sócio contribuinte como todos os clubes tem, com mensalidades e direitos. O Criciúma chegou semana passada ao número de 8 mil associados.
Mágica?
O Camboriú jogará amanhã no Augusto Bauer contra o Próspera e não sabe se continuará mandando os seus jogos seguintes em Brusque. Isso porque a Prefeitura de Balneário Camboriú resolveu fazer uma força-tarefa para deixar o estádio das Nações, que até pouco tempo era bem precário, em condições de receber jogos do Campeonato Catarinense. O local, que conta apenas com uma pequena arquibancada atrás do gol, está passando por uma longa reforma que deve estar pronta no final do mês. Pessoal lá tá querendo fazer mágica em um local que estava sem condições de receber um jogo profissional.