Rodrigo Santos

Jornalista esportivo - [email protected]

O reinício do Brusque

Rodrigo Santos

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O reinício do Brusque

Rodrigo Santos

O Brusque retornou às suas atividades e, como já era de esperar, com mudanças e as tradicionais entradas e saídas depois de uma conquista tão importante como foi a da Série D. Todos nós sentimos a saída de Waguinho Dias, que já negociava há algum tempo com o Criciúma e acabou batendo o martelo depois de conseguir um contrato até o fim do ano que vem (a primeira proposta era de acordo até o fim deste ano, apenas).

A maioria não gostou, mas eu concordo plenamente com a decisão do treinador, que garante uma subida de patamar depois da conquista de um título nacional. Waguinho assume um time de Série B sabendo que, se fizer uma boa campanha, passa a entrar no radar de todos os times do mesmo nível do Criciúma e poderá dar um impulso gigante na sua carreira. Desejo a ele todo sucesso do mundo e fica aqui todo o nosso agradecimento. Seu nome está eternizado na história do futebol da cidade.

Agora vamos acompanhar os próximos passos. A diretoria deve estar trabalhando firme para encontrar um novo treinador, que tenha um perfil para comandar o planejamento do time para a Copa SC e a temporada 2020, a mais importante da história do clube. O Brusque precisa ter em mente que está em outro patamar e precisa se planejar para isso. Existem bons nomes no mercado, como Luiz Carlos Winck, Rogério Zimmermann, Mazola Junior, Celso Rodrigues, só para citar alguns que a minha memória resgata. Por enquanto, Jerson Testoni vai tocando as atividades até que o novo comandante seja escolhido.

O elenco já está passando por mudanças. Chegaram dois jogadores: o lateral esquerdo Luiz Henrique, de 20 anos, e do atacante Wayni, de 23 (Luiz, único que vi jogar, mostrou qualidade no Juventus). Eles têm contrato até o fim da competição.

Luiz fez toda sua formação nas categorias de base do Grêmio e se profissionalizou no tricolor gaúcho, onde ficou dos 10 aos 20 anos. Ele vem do Juventus, de Jaraguá do Sul, e fez parte da campanha que colocou o time no terceiro lugar da Série B do Catarinense. Ainda em 2019, ele disputou a segunda divisão do Campeonato Gaúcho pelo Cruzeiro.

Wayni é centroavante, e teve como último clube o Toledo (PR). Passou por Metropolitano e Bahia de Feira, e foi formado nas categorias de base de América-MG, Flamengo e Vitória.

As saídas também vão acontecendo. Ontem soubemos que Jeferson Renan ficará por aqui até o fim do ano, já com pré-contrato assinado com o Boavista para jogar o Carioca de 2020.

A Copa Santa Catarina é importante pela vaga que dá na Copa do Brasil, mas também serve como teste para alguns atletas visando o ano que vem. O Brusque estreia na competição em 8 de setembro, domingo, às 15h30, no estádio Augusto Bauer, contra o Tubarão.

Passada a festa do titulo, aos poucos a cara do Bruscão 2020 vai aparecendo.


Estádio

Em um post em rede social ontem, o filho do empresário Luciano Hang, Lucas, deu esclarecimentos sobre a questão da construção da Arena Havan. Garantiu que a empresa vai levantar o estádio, mas depende de estudos e orçamentos para tal. Também pegou no pé de pessoas que, na internet, colocam em dúvida se realmente a Arena vai sair. E também aproveitou para criticar o Carlos Renaux, dono do Augusto Bauer, dizendo que se o Brusque não pode jogar no Gigantinho, é culpa do tricolor: “O Brusque paga um gordo aluguel ao Renaux por jogo e o que se espera é um gramado minimamente decente”, afirmou.

Pressa

É natural ver que o torcedor, ainda mais depois do título da Série D, quer presenciar o quanto antes o início das obras do novo estádio. Eu concordo com o Lucas: não se faz uma obra desse tamanho da noite pro dia. Luciano Hang já tinha falado que o prazo previsto para construção é de dois anos. Quanto a possibilidade do Bruscão não jogar no Augusto Bauer em 2020, tudo se resolve. Afinal, se teremos jogos de primeira divisão no precário estádio do Almirante Barroso, o estádio do Carlos Renaux será liberado com tranquilidade. Na Série C do Brasileiro, tem o estádio do Tombense, que é minúsculo. Só que lá o gramado é fantástico.

Sobrecarregado

Falando em gramado, o campo do Augusto Bauer entra no seu pior período: o Renaux estreia dia 14 na Série C do Estadual, o que não vai dar descanso para o campo, já castigado, que também receberá os jogos da Copa Santa Catarina.

Tricolor

O Carlos Renaux apresentou na semana passada o seu elenco para a Série C do estadual sem fazer promessas. O técnico Taíco me disse que o investimento é bem menor, sem os jogadores rodados que tivemos na última temporada, em um campeonato que promete ser muito mais forte. É que até o ano passado, a Série C era um campeonato sub-23 com limite de cinco inscrições de jogadores acima da idade. Neste ano é diferente, com tudo liberado. Isso faz subir a qualidade e também o custo para se fazer um time ir longe. Mas vamos torcer para que o time faça bom papel e revele bons atletas. O time do Vovô é muito jovem.

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