O risco aumentou
A dolorida derrota para o Vila Nova complicou demais a situação do Brusque na Série B e vai fazer o torcedor ativar o modo secador nas próximas rodadas. Olho no Confiança, que engatou uma reação (e terá confronto com o Brusque em Aracaju), no Londrina e no Operário, que vinha numa sequência grande de derrotas, […]
A dolorida derrota para o Vila Nova complicou demais a situação do Brusque na Série B e vai fazer o torcedor ativar o modo secador nas próximas rodadas. Olho no Confiança, que engatou uma reação (e terá confronto com o Brusque em Aracaju), no Londrina e no Operário, que vinha numa sequência grande de derrotas, mas goleou o CSA em Maceió. O time precisa de três vitórias. O problema é que o time caiu de produção e vem de duas atuações desastrosas na semana passada.
Por mais que o técnico Waguinho Dias tente contemporizar, tem muita coisa a ser arrumada no time: a defesa tomou seis gols em dois jogos, fica num toca-toca no meio-campo sem um rumo definido, e mais uma vez perdeu o talento e poder de fogo com jogadas trabalhadas.
O jogo com o Vila foi desastroso: sem inspiração nenhuma na armação, o time se pôs a levantar bola na área contra uma linha de três zagueiros altos do time de Goiás. Jogadas de velocidade com criatividade ficaram perdidas em algum lugar.
O treinador fala em fazer mudanças com coerência, mas não consegue encontrar um ponto de equilíbrio. Desta vez, ele teve mais de uma semana para treinar o time para o jogo contra o Náutico, onde a vitória é obrigação. É a oportunidade final, em meio a uma maratona que vem por aí, para trazer algo novo para um time que perdeu a criatividade.
Mais uma vez, a torcida reclamou, e com razão, de Thiago Alagoano, um jogador que não conseguiu ser aquele decisivo de outras temporadas. Mas ele segue lá. Edu é um guerreiro, correndo atrás de uma bola, já que ela chega pouco nele na área. E com isso, o tempo vai passando e o Z4 vai batendo na porta, enquanto outros times de baixo engatam uma reação.
Manifesto
De certa forma acabou sendo uma surpresa o manifesto divulgado pelos jogadores do Brusque nesta semana, tentando sensibilizar o STJD no caso envolvendo o jogador Celsinho do Londrina. Os três pontos retirados pela comissão disciplinar parecem que serão primordiais dentro do projeto do time de se manter na Série B. Só achei que o momento para isso está um pouco atrasado. Mas vi que a repercussão do ato não foi tão grande. O que mais me preocupa é que falta um mês para o fim do campeonato e o tribunal não pauta a análise do recurso do caso, cujo primeiro julgamento aconteceu há mais de um mês. O clube não pode se pendurar nessa decisão. Tem que ganhar três jogos pra respirar aliviado.
Chances
Segundo os matemáticos da Universidade Federal de Minas Gerais, um time que fizer 44 pontos na Série B terá pouco mais de 11% de chance de ser rebaixado. Se fizer 43, o risco aumenta para 36,7%. No estudo divulgado sempre após cada rodada, o Brusque hoje tem um risco de 45,9% de cair, atrás de Brasil de Pelotas (99,9%), Vitória (78,9%), Londrina (72%) e Confiança (67%).
Tem jogo!
Em tempos de retomada, flexibilização de regras e volta ao nosso ritmo normal, a cidade de Brusque recebe, simultaneamente, dois eventos esportivos nacionais, trazendo bons jogos para este final de semana: na Arena Brusque, com entrada gratuita, tem o Barateiro disputando a Taça Brasil sub-20 de futsal feminino. Enquanto isso, no Sesi, tem o Moda Brusque Vôlei jogando a Superliga C. Junte-se a isso a presença de público nos jogos do Brusque na Série B e um evento de MMA marcado para dezembro. Como é bom ver essa movimentação de volta.