Sobraram quatro
Sobraram quatro para brigar pelo título estadual. Três deles já eram esperados, Chapecoense, Brusque e Avaí, pela posição que estão no cenário nacional e investimento. O Marcílio Dias volta a disputar uma semi depois de mais de 20 anos após vencer o confronto mais aberto das quartas: o Juventus tinha feito a tarefa de casa […]
Sobraram quatro para brigar pelo título estadual. Três deles já eram esperados, Chapecoense, Brusque e Avaí, pela posição que estão no cenário nacional e investimento. O Marcílio Dias volta a disputar uma semi depois de mais de 20 anos após vencer o confronto mais aberto das quartas: o Juventus tinha feito a tarefa de casa na primeira fase e conquistado o quarto lugar, ainda que não estivesse jogando um grande futebol. Tinha fragilidades. O Marinheiro ganhou as duas.
As duas semifinais são como um xadrez com suas peças no tabuleiro. Em Chapecoense x Marcílio, temos o confronto do time que teve disparado a melhor campanha, mas que meio que deu uma segurada no seu ritmo, contra um time que entra na semi sem nenhum tipo de pressão e com muita motivação. A Chape tem treinador novo (que já foi pro estaleiro, precisou de cirurgia), mas carrega consigo o DNA de Umberto Louzer, com a defesa bem estruturada e fortes jogadas de transição. O Marcílio Dias tem um time bem equilibrado, e no encontro entre os dois aconteceu um empate em Itajaí.
Mesmo assim, a Chape tem um conjunto maior, mais possibilidades de alternâncias e um artilheiro que vive em estado de graça. Dizer que o time verde não é o favorito seria um absurdo.
Em Avaí x Brusque a história é diferente. São times que jogarão o mesmo campeonato brasileiro, trazem consigo boas campanhas na primeira fase. O Avaí ainda busca um equilíbrio. Tomou cinco gols na fase inicial, sendo dois do Brusque e dois da Chape. Tem aquela questão do time reativo de Claudinei Oliveira. O Brusque de Jerson Testoni tem um ataque bem mais positivo (19 gols marcados contra 10), não abre mão do esquema com três atacantes e apenas um meia, mas vejo uma falta de objetividade e dificuldade quando Thiago Alagoano está marcado. O treinador brusquense até tentou uma opção que deu certo com Alex Ruan, mas no jogo contra o Joinville, deixou no banco para colocar o limitado Bruno Alves. O time não rendeu.
Aqui temos um confronto aberto, e lembrando que o Brusque joga pelos dois resultados iguais. No encontro da primeira fase, o Avaí teve um primeiro tempo muito melhor, mas pecando demais em finalizações, enquanto que no segundo tempo a situação virou e Junior Pirambu fez dois gols para carimbar a vitória. Ambos possuem fragilidades defensivas: o Avaí, mesmo com seis gols tomados até agora, não tem um goleiro bom, enquanto que a linha de zaga do Brusque mostra falhas. No meio, o Avaí gostar de povoar o espaço, enquanto o Brusque tem um cão de guarda chamado Rodolfo, com Zé Mateus correndo mais a frente e Alagoano como homem decisivo. Na frente, o Leão procura uma formação titular ideal. Já o Bruscão tem há tempos o trio Garcez-Pirambu-Alex Ruan ou Bruno Alves, que ainda tem muito o que evoluir.
Ambos passaram com relativa tranquilidade pelas quartas-de-final. Agora o buraco é mais embaixo, com times fortes e respeito mútuo.
Luz na Série B
Falta menos de um mês para o início oficial da Série B, e mesmo que nossas atenções estejam voltadas para a reta final do estadual, o Brasileirão está batendo na porta. O Brusque sabe que terá que arrumar com urgência a iluminação do Estádio Augusto Bauer para o Nacional, e se movimenta: a ideia é trocar o sistema antiquado hoje existente nos postes de iluminação e trocar por lâmpadas de LED, mais leves e com menos consumo de energia. Outra novidade será a colocação de luminárias no teto da arquibancada coberta e em uma outra estrutura que será colocada no lado oposto, junto ao muro. A escuridão está com os dias contados.
Acordo
Dias atrás, entrevistamos na rádio o diretor-financeiro do Brusque, Rogério Lana, que deu boas notícias sobre a situação financeira do clube, que estava superavitário, com um planejamento de folha de pagamento de R$ 600 mil e com certa tranquilidade para tocar a temporada. Na semana seguinte, o Bruscão resolveu sepultar algumas pendências antigas na Justiça do Trabalho com um acordo que vai custar quase R$ 2 milhões. Lana afirmou que as escorregadas do passado não vão acontecer mais. É inegável que o clube fez muita besteira no passado, como o caso do jogador Valdo, que deixou o clube de graça rumo ao Criciúma por via judicial, já que o Brusque não estava recolhendo o seu FGTS. Agora, a realidade é outra.