Rodrigo Santos

Jornalista esportivo - [email protected]

Tudo do zero

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Tudo do zero

Rodrigo Santos

A segunda fase da Série C começa neste final de semana sem vantagem pra ninguém. É um torneio de tiro curto, com seis partidas, onde quem fizer ao menos 10, até de repente nove pontos, garante um dos acessos. Olhando friamente para os números, o Brusque não entra como favorito. A sequencia de sete jogos sem vitória, combinado com atuações complicadas do setor defensivo e a ausência de uma reposição de qualidade são pilares de um time que vai ter que se superar para bater times que entram nesta fase em condição melhor.

Se não vejamos: se pegarmos uma amostra grande, dos dez últimos jogos, o Brusque fez 10 pontos e foi o segundo pior do grupo, a frente apenas do Criciúma, que fez 7 e causou complicações no jogo do último sábado, no Heriberto Hulse(o primeiro gol do Tigre foi uma calamidade: nenhum dos zagueiros do Brusque estava sequer perto da bola). Neste mesmo período de dez partidas, o Ituano, que começou mal e evoluiu muito, foi o melhor time do grupo B (20 pontos). O Santa Cruz reinou absoluto no grupo A e se deu ao luxo de tirar o pé nas últimas rodadas sem perder a liderança (mesmo assim, fez 22 pontos). O Vila Nova, time tradicional de Goiás, fez 18.

Perdi a conta de quantas pessoas na rua e colegas de fora me perguntaram: o que aconteceu com o Brusque? Mais uma vez olhando para os números, e dessa vez olhando para os adversários, é bem evidente que os outros evoluíram enquanto o Bruscão, talvez acomodado pela liderança do primeiro turno, travou. O clube achou que não precisava de zagueiro e meia. Thiago Alagoano hoje é jogador marcado e o time tem dificuldade pra agredir. No ataque, o time perdeu Alex Sandro e Itinga. Trouxe Índio, que pode ser uma boa opção de beirada, veio Dênis, que pouco dá pra dizer, e Nunes, que realmente poderia ajudar como homem de área, foi embora porque o clube simplesmente perdeu o prazo de inscrição. Erro imperdoável.

Vamos para a segunda fase, e pela frente tem um Santa Cruz bem treinado por Marcelo Martelotte, que não terá Chiquinho mas tem o experiente Danny Morais na zaga, e um ataque formado por Didira, Pipico e Lourenço, ex-Avaí. Sem o seu time completo no domingo a noite, a tarefa fica ainda mais complicada, por dois motivos: primeiro, que o time não conseguiu se achar nessas sete rodadas (o segundo tempo contra o Criciúma até foi bom, mas é bom lembrar que o adversário é muito limitado), e segundo, que os desfalques e reposições não conseguiram colocar o time no mesmo nível dos outros, que evoluíram no seu jogo e, renderam muito mais na reta final. Nessa segunda fase, o retrospecto não conta. O mais importante é o Sprint final: a forma com que o time chegou no momento. E esse é meu maior receio. O time vai ter que ter uma transpiração acima do normal para passar por cima dessas três pedreiras.


Estreia do Renaux
O Carlos Renaux estreia amanhã em São João Batista pelo Estadual da Série C com a pretensão de brigar por voos mais altos. Em um campeonato que na verdade é sub-23 com a permissão de alguns jogadores acima da idade, o Vovô foi bem no mercado atrás de algumas peças experientes para fechar o time e buscar uma das três vagas na segunda divisão de 2021. Embora fazer previsões seja meio perigoso, diria que o tricolor é um dos favoritos ao acesso, junto do Nação, de Joinville, e do Atlético Itajaí. O time está focado e terá quatro dos sete jogos dentro de casa. Uma vitória na estreia seria um passo gigante para subir.


Futsal
Brusque tinha aceitado sediar a fase final do Estadual de Futsal e uma determinação da secretaria de saúde do Estado acabou cancelando tudo, com equipes que vieram lá do Oeste já na cidade prontos para jogar. Tá certo que o Estado vive uma situação complicada no que diz respeito à Covid, mas considero uma injustiça permitir o futebol e barrar os jogos do Futsal, que reúnem menos gente e possuem da mesma forma um protocolo rígido de saúde. O time do Joinville, por exemplo, já tinha se programado para jogar a semifinal e uma possível final da Liga Nacional na Arena Brusque.


Uniforme
O Brusque FC estuda a possibilidade de ter uma marca própria de uniformes no ano que vem, algo que já acontece com clubes como Paraná, Criciúma, Juventude, Fortaleza, América-MG, e outros. A diretoria teve encontro com executivos da empresa Spieler, que produz uniformes para clubes dentro desse formato, e avalia a possibilidade. Uma novidade seria a construção de uma loja do clube pela empresa, algo que o clube nunca teve, com parte do faturamento revertido para o caixa do Bruscão.

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