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Um caminho a ser seguido

O Brusque venceu o Londrina com a estrela e o oportunismo de Garcez no primeiro tempo e muita entrega no segundo, quando o adversário cresceu na partida (e dos jogos do Tubarão que eu vi até agora, foi o melhor na Série C), trouxe dificuldades, mas o time conseguiu segurar a bomba até o apito […]

O Brusque venceu o Londrina com a estrela e o oportunismo de Garcez no primeiro tempo e muita entrega no segundo, quando o adversário cresceu na partida (e dos jogos do Tubarão que eu vi até agora, foi o melhor na Série C), trouxe dificuldades, mas o time conseguiu segurar a bomba até o apito final.

O treinador não tinha muito o que fazer: sem Ianson, Alemão e Cleyton, teve que usar Claudinho e Neguete. Sem Alex Sandro e Marco Antônio, veio Edilson de ponteiro direito com Itinga e Garcez no trio de ataque… E nesse caso, deu caldo. Vitória suada e liderança reconquistada

A solução de usar Edilson na ponta já tinha sido usada no estadual: ele tem poder ofensivo e dificuldade pra recompor, então porque não usá-lo nessa dificuldade. Itinga mostrou contra o Volta Redonda que não pode ser reserva do time de jeito nenhum (time fez um primeiro tempo complicado e ele empatou quando entrou no início do segundo) e Garcez mostra muita entrega e uma situação tática interessante, deixando o time com dois jogadores de área em algumas situações.

Com elenco limitado do meio pra trás e também com muita gente que não oferece solução no ataque, a disposição encontrada por Jersinho Testoni para a sequência da temporada (sabendo que é possível e necessário que mais gente chegue nessa “reestruturação” do plantel), parece que esse caminho pro ataque é o mais correto para o momento.

O time não tem a mesma força do pré-pandemia, mas é competitivo para conquistar uns pontos importantes para garantir a classificação. Reforço aqui: o time fecha o primeiro turno do Brasileiro contra o Criciúma na segunda virtualmente classificado. Mas para o sprint final, lá no final do ano, é necessário dar ao técnico opções para que o time tenha variações para garantir o acesso.

Pelo que tem em mãos, Jersinho está dando jeito na Série C de fazer limonada com os limões que tem. Mas não pode ficar desatento. Tem coisa pra resolver.


Reservas

O Brusque teve contra o Londrina um banco de reservas sem zagueiro ou lateral: eram dois goleiros, um volante, um meia e cinco atacantes. Isso faz lembrar de algo importante, que o clube não tem há anos: divisão de base. Num caso desses, daria pra “subir” um jogador da base para compor o banco nas posições. Mas o clube não parece ter intenção de fazer esse investimento que pode trazer retorno a médio e longo prazo.

Jasc

O anúncio de que Brusque não mandaria delegação para os Jogos Abertos, além de recuar da decisão de sediar parte das competições era algo que vinha acontecendo em outros municípios, obrigando o comando da Fesporte, que queria de qualquer jeito fazer um evento com três sedes em três períodos diferentes, a recuar. Analisando de forma fria: era um evento “frankenstein” que teria mais problemas do que boas notícias. Tinha dirigente de município aterrorizado com a ideia de ter que montar estrutura, além de pagar testagem PCR de cada membro da delegação, ainda mais em final de mandato. No fim, prevaleceu o bom senso. Não tinha como.

Carlos Renaux

O vovô do futebol catarinense tem uma chance única de conseguir um acesso para a Série B do Estadual. A terceira divisão, que começa em dezembro, dará três vagas de acesso, e acontecerá em apenas nove rodadas, concentrando tudo em poucos jogos. Se acertar na montagem do time e, quem sabe, até contar com uma ajuda do Brusque cedendo alguns atletas não usadas, dá pra fazer um time competitivo. Um sério concorrente, o Atlético de Ibirama, desistiu. É campeonato equilibrado e sem favorito.