Rodrigo Santos

Jornalista esportivo - [email protected]

Um pouco de refresco para trabalhar

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Um pouco de refresco para trabalhar

Rodrigo Santos

O Brusque teve uma semana de alívio. Venceu duas partidas na semana, contra Brasil de Pelotas e Guarani, chegou aos 32 pontos (que podem ser 35, caso o clube consiga reverter a perda de pontos no STJD) e mostra que tem total condição de chegar aos 43 ou 44 e se manter na Série B. A chegada de Waguinho Dias ao Bruscão trouxe implicações bem interessantes ao time, que joga de forma mais leve, mais ofensiva e com números bem interessantes. Mas o que diferencia o “Waguinhobol” do “Jersinhobol”?

Antes de falar do time em campo, é importante falar do lado motivacional. Nisso, o novo treinador é bom. De fora, dá pra notar que o time tem um clima mais leve. E ainda vou destacar dois jogadores: Garcez e Diego Mathias. O primeiro, que teve uma situação complicada depois de abandonar o clube por quase um mês, é dono de um comportamento muito peculiar. É quietão e não se adaptou muito bem por aqui. Waguinho deu uma atenção especial para ele, e num primeiro momento o manteve como titular.

Ainda tem coisa pra ajustar: ainda acho que ele é um jogador que precisa controlar a ansiedade. Olha muito pra bola e precisa controlar o talento que tem. Diego é um caso parecido: é um jogador talentoso, foi trazido do Joinville pelo potencial que tem, mas não encaixava no esquema anterior. Sob o comando de Waguinho, fez bom jogo contra o Vasco, fez gol contra o Brasil e foi titular contra o Guarani. Agora tem mais a ver com o jogador que fez o Brusque tirar dinheiro do bolso (e isso é raro) para tirar ele do JEC.

Vamos ao time. O Brusque foi ao mercado na reta final do prazo e trouxe opções interessantes. Um deles é o jovem lateral Marcelo Nunes, vindo do São José de Porto Alegre. Teve que chegar e já jogar porque Airton teve uma lesão que vai deixá-lo mais de um mês fora do time e só tem ele para a posição. Fez bons jogos contra Brasil e Guarani. Hugo Borges é outra opção interessantíssima para o ataque. Quem já o viu jogar no Vasco e no Corinthians, diz que o cara tem bola pra ser titular. Entrou no final do jogo contra o Guarani, dando uma assistência para Edu quase marcar e fez o setor esquerdo funcionar muito bem. Não me surpreenderia se for titular já no sábado que vem contra o CSA.

Mas o principal aspecto a ser destacado são as variações. Jerson Testoni variava muito pouco o time. Insistia em Thiago Alagoano como meia solitário (e ele já tinha me indicado que não se sentia confortável ali) com três atacantes. Não demorou muito para os outros times sacarem e a dificuldade aparecer. Waguinho deixou o reizinho flutuar bem mais no campo, e deu pra notar que ele está mais a vontade em campo. Outro ponto a se destacar é a forma que ele usa Jhon Cley, que estava escanteado no banco de reservas, como cara do meio-campo. O time ganhou em agilidade, com Zé Mateus rodando muito mais e Rodolfo dando conta do “serviço sujo” no meio-campo. Sem contar que, no banco, está Foguinho, meia canhoto, bom de carregar bola e de chute de fora, e no departamento médico estão Marlone, que dispensa apresentações, e Alex Ruan, que foi destaque enquanto esteve em campo.

Tem coisa pra arrumar, na defesa: ainda vejo problemas na bola aérea defensiva, e pra isso a diretoria contratou Luizão, zagueiro experiente, para provavelmente ocupar a vaga de Ianson. Mas o jogador sequer é relacionado. Nem viajou para Maceió. No gol, Ruan Carneiro assumiu a titularidade depois da suspensão de Zé Carlos e vem mostrando segurança.

O Brusque precisa de quatro (ou três) vitórias para permanecer na Série B e agora, na reta final, parece ter encontrado o caminho. Sem ser engessado em um esquema, mostrando opções, o time saiu daquela semana pesada da derrota para o Vasco para ter uma semana mais tranquila de trabalho. Agora, com jogo só uma semana depois do último e depois no outra sexta, Waguinho vai ter tempo de ajeitar mais o time com tranquilidade. Parece que o time está saindo da trovoada.

Paysandú

O Estádio Cônsul Carlos Renaux, do Clube Esportivo Paysandú, está passando por reformas. O gramado natural foi todo retirado, e um grande campo sintético será instalado, com a possibilidade de ser subdividido em quatro, para aluguel, ou usado inteiro para jogos oficiais. O clube da rua Pedro Werner firmou parceria com uma empresa especializada em gramados sintéticos, e será responsável por alguns horários do campo. Nos outros, principalmente a noite, o campo será explorado pela empresa.

Logística

O Brusque joga no sábado a noite contra o CSA e só vai voltar a Brusque na segunda. A CBF bolou uma logística bem confusa para o time, que terá que ir de ônibus no domingo para Aracaju, pegar um voo para Guarulhos, dormir lá no domingo e só voltar para SC no dia seguinte. Um dia a menos de preparação para o jogo contra o Remo, na sexta que vem.

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