Variações
Se tem uma coisa que o Brusque precisava mudar para a segunda fase da Série C é a sua previsibilidade. O time tinha um esquema tático já conhecido por todos e precisava apresentar algo novo. Foi o que vimos contra o Santa Cruz, com uma escalação nova e alguns pontos importantes. O treinador resolveu sair […]
- Por Rodrigo Santos
- 18/12/2020
- 16:00
Começou o jogo, e o Santa Cruz não deixava o Brusque tocar na bola. Chegou com maior perigo, e teve dificuldades em um meio-campo povoado montado pelo Brusque. Zé Mateus me pareceu perdido, correndo atrás de marcação mas não se sentindo confortável. No segundo, a situação mudou com uma ajudinha de Marcelo Martelotte, que resolveu não pressionar e abriu mão de parte do seu poder ofensivo para colocar um volante e um lateral. Isso deu posse de bola ao Bruscão, que chegou e assustou. Tivesse mais qualidade na chegada (olha a falta de outro meia de novo aí) e até entrosamento em uma nova dinâmica de jogo, quem sabe a vitória viria. No fim, o resultado não é bom: a série sem vencer aumenta e vai obrigar o time a buscar pelo menos uma vitória fora de casa para chegar no acesso. Mas a sensação de ver que, finalmente, o time mostrou uma variação, alivia. Muda o cenário para os outros jogos: os adversários notam essa mudança, o time pode surpreender de outras formas, e o treinador ganha mais opções.
Uma das maiores críticas minhas ao trabalho do Jersinho era sua inflexibilidade, que as vezes até pega mal em entrevistas coletivas. Sem falar nada, ele tentou algo novo e ainda teve culhão pra sacar (merecidamente) o seu capitão de campo. Ainda acho difícil uma classificação tendo em vista que os outros times estão em estágio melhor e o Brusque precisaria ter um outro 10 pra ter mais força ofensiva. Mas temos um caminho. Aquele esqueminha com Alagoano armando pra três atacantes funcionou lá atrás, mas agora é necessário mexer. Um 4-4-2 clássico, o feijão com arroz, pode funcionar. Um time vencedor precisa ter variações.
Carlos Renaux
O Vovô fez um bom jogo e venceu o Atlético Catarinense de São José por 3 a 1 quarta-feira, no Augusto Bauer, em partida que marcou a estreia de reforços, entre eles o experiente zagueiro Rogélio. O time foi bem mais equilibrado e deu um passo importante para brigar pelo acesso, uma vez que bateu um adversário direto, dentro de uma projeção dos “favoritos” às três vagas. Antes da parada do final do ano, o time do técnico Schwenck tem dois jogos contra adversários que precisa vencer, e é favorito pra isso: primeiro o Porto, domingo, em Porto União, e depois o Jaraguá, em casa, semana que vem.
Ituano
O próximo adversário do Brusque é o time que mais evoluiu durante o Brasileiro da Série C. Depois de um início bem irregular, cresceu em conjunto e deu um passo gigante na sua intenção de subir, vencendo o Vila Nova fora de casa. Isso coloca o time na condição de garantir o acesso apenas vencendo os seus jogos no Novelli Junior. O Brusque tem uma condição difícil: foi completamente envolvido no último jogo, pelo segundo turno.
No mercado
O Brusque já está no mercado atrás de reforços para a temporada 2021, que inicia em 28 de fevereiro com o pontapé inicial do campeonato estadual. Um dos nomes observados é o de Danielzinho, jovem atacante de 21 anos do Próspera.
Fim de ano
Essa é a última coluna de 2020. Um ano que vai terminar com a bola rolando ferozmente nos campos, com as Séries C do Brasileiro e Catarinense com jogos importantes, e que, logo, não nos dará folga. Mas vamos em frente. A todos os leitores um Feliz Natal e um 2021 com boas notícias, que é o que estamos precisando.