Rompimento de tubulação traz prejuízos a estabelecimentos do Centro de Brusque
Peça apertada além do recomendado ocasionou a ruptura, que inundou duas empresas na quinta-feira, 13
Peça apertada além do recomendado ocasionou a ruptura, que inundou duas empresas na quinta-feira, 13
O rompimento de uma tubulação na rua do Centenário, no Centro de Brusque, causou sérios danos a dois estabelecimentos comerciais. O prejuízo de um dos empresários é de aproximadamente R$ 8 mil.
A ruptura aconteceu por volta das 5h da quinta-feira, 13, devido a uma peça, chamada braçadeira, ter sido apertada além do recomendado. Com isso ocasionou-se uma fissura, que se abriu e causou o rompimento.
O diretor-presidente do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) – responsável pela tubulação -, Roberto Bolognini, afirma que há uns cinco anos, em outra gestão, foi implantada na rua do Centenário por uma empresa terceirizada uma rede de 200 milímetros de diâmetro de PVC em uma extensão de 450 metros para substituir uma rede de amianto que existia na via.
Ele diz que essa rede tem apresentado rompimentos frequentes nos últimos anos, e que por meio de uma análise, se descobriu que foi devido ao serviço desta empresa terceirizada.
“Por ser uma rede nova analisamos com cuidado e concluímos que esse aperto na peça, além do recomendado, fez com que houvesse fissuras no sentido longitudinal. Com o movimento do tráfego na pista de rolamento, as fissuras romperam a tubulação e provocaram essa grande perda de água”, explica o diretor-presidente do Samae.
Ele afirma que foi difícil identificar o problema, mas que ao reconhecer, a parte afetada da tubulação foi trocada, já que neste momento não é prioridade trocar toda a extensão da rede.
“Assim que chegamos fechamos alguns registros estratégicos. Entendemos que há uma perda muito grande, já que teve uma pressão muito alta de água”, afirma Bolognini, que destaca que o Samae está à disposição para negociar com as partes afetadas.
A recomendação é que os empresários registrem um boletim de ocorrência. O setor jurídico do Samae analisará e buscará a solução para os casos.
Falta de manutenção
O prejuízo do proprietário da Detroit Lavação, Sidiclei Pazzette, 32 anos, é de cerca de R$ 8 mil. Ele perdeu aspiradores de pó, estofamento de veículos, máquina de polir e de lavar. No pátio do estabelecimento a água chegou a 1,20 m e no porão a cerca de 70 centímetros.
Pazzette acredita que o fato de uma boca de lobo, que existe na frente da lavação, e está entupida há mais de dois meses, contribuiu para o estrago. Devido a obstrução, não foi possível absorver toda a água que vazou.
“Entrou muita água, lama, areia. Na hora achamos que fosse até chuva, depois parecia que tinha acontecido uma enchente”, relata o empresário, que também reclama: “vejo como um descaso, pela falta de manutenção na infraestrutura da cidade, é algo que não afeta somente a mim, mas outras pessoas”.
A clínica veterinária que também foi atingida teve bastante danos materiais. Só não entrou água na recepção e em dois consultórios da empresa, nos outros, a inundação tomou conta. Cerca de dez móveis foram danificados.
Ainda na quinta-feira, 13, até por volta das 8h, o Samae realizou o conserto da tubulação. A Secretaria de Obras também auxiliou na retirada da lama.
Boca de lobo
A Secretaria de Obras de Brusque informou, por meio da Assessoria de Comunicação, que “mesmo que a boca de lobo não estivesse entupida não conseguiria absorver a água”.
Conforme o órgão, a quantidade de barro e lama era elevada. Na manhã do sábado, 15, a pasta realizou o serviço de desobstrução da boca de lobo. Foi necessário a utilização de um caminhão hidrojato.