Ronan Oliveira, 27 anos, tem a responsabilidade de garantir que os serviços oferecidos pela Hiper, de Brusque, funcionem como o planejado. Ele é analista de qualidade na empresa de software que contabiliza mais de 12 mil clientes pelo Brasil.
Em uma cidade com tradição industrial e comercial, a função pode ser comparada às atividades de revisão feitas em produtos, mas nos programas desenvolvidos. Tudo precisa ser testado, conferido e estar no devido lugar antes de ser validado pelo setor. Só depois da conferência que ele está liberado para uso. “Não podemos deixar que cheguem falhas até o cliente final”.
Antes usuário de diferentes sistemas, ele começou a atuar na área depois de um curso voltado à Tecnologia da Informação, no Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC). O jovem destaca a ascensão que o setor vem passando nos últimos anos e a falta de sinais de uma mudança no panorama como características da área no país.
O curso, realizado cerca de três meses antes de iniciar na empresa, serviu para complementar os conhecimentos. A aproximação chamou a atenção para área e o conhecimento prévio auxiliou na adaptação. Antes disso, já havia trabalhado com sistemas, mas com focos diferentes.
Para ele, a escolha pela profissão foi um processo natural. A esposa também atua em empresa do setor de software. No caso dos demais familiares, o entendimento já não é tão fácil. “Às vezes é complicado explicar o que se faz, o que a empresa faz. Mas é legal que, pouco a pouco, as pessoas começam a entender melhor”.
São pouco mais de dois anos na empresa. De acordo com ele, a possibilidade de facilitar a rotina dos negócios locais ou ver projetos que exigiram tanto da equipe em funcionamento estão entre os retornos mais gratificantes da profissão, mesmo que indiretamente.
Ele reforça a popularização do uso dos programas para o gerenciamento de negócios e transações como tendência. A intensificação de contatos contribui para o barateamento do acesso à tecnologia, gerando resultados significativos para pequenas e micro empresas, afirma. Hoje, muitos dos programas avaliados por Oliveira estão no dia a dia da cidade. “Quando se vê seu trabalho ajudando o serviço de outra pessoa, é muito bacana”.
Na região, classifica o mercado como “em desenvolvimento”. A oferta de vagas para analistas de qualidade ainda é baixa e, não raro, é preciso recorrer a outras cidades para atrair especialistas.
A proximidade com polos do setor, como Florianópolis, facilita o acesso a cursos, especializações e atividades voltadas aos temas de interesse do campo profissional. Em Brusque, algumas iniciativas desenvolvidas na própria empresa, como o Hiper Talks, buscam aproximar o público do mundo da tecnologia. As rodadas de palestras chegaram em sua terceira edição neste ano.
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