X
X

Buscar

Rosamaria volta a Nova Trento com o bronze de Paris 2024

Após conquistar sua segunda medalha olímpica, oposta da Seleção Brasileira atende fãs e imprensa na cidade natal

Após a conquista de sua segunda medalha olímpica, Rosamaria recebeu a imprensa e dezenas de atletas do projeto Voleibol Nova Trento na tarde desta quarta-feira, 14, na Câmara de Vereadores de sua cidade natal.

Três anos e um dia após ter apresentado a medalha de prata aos neotrentinos, a oposta da Seleção Brasileira trouxe a medalha de bronze, conquistada na vitória por 3 sets a 1 sobre a Turquia, neste sábado, 10. Este é o início das férias da atleta, que jogou a última temporada pelo Denso Airybees, do Japão.

Referência para as jovens

Ao longo do evento, ela recebeu homenagens, inclusive de sua primeira treinadora. Idealizadora do Voleibol Nova Trento, Vandelina Maria Tomasoni Ribeiro, a Vandeca, acompanhou as dezenas de garotas do projeto, que lotaram o plenário da Câmara de Nova Trento para tirar fotos e autógrafos. Representantes da imprensa de diversas partes do estado estiveram no local, com perguntas à atleta sendo feitas também de forma remota por repórteres de veículos nacionais.

“Eu estar aqui hoje pode significar elas acreditarem nos sonhos delas. Eu confesso que, quando comecei aqui, numa cidade pequena, em um projeto que ainda estava iniciando, não tinha noção de que poderia me tornar uma atleta olímpica. Eu fui sonhando com isso aos poucos. Talvez eu até tenha demorado um pouco a entender, a acreditar que poderia ser uma atleta profissional.”

“Fico feliz de estar aqui, mostrar essas medalhas para elas e explicar que passei por tudo que elas estão passando. Treinei neste ginásio, vivi aqui, a Vandeca foi quem me guiou.”

Rosamaria e Vandeca | Foto: Vitor Souza/O Município

Tóquio x Paris

Entre suas duas medalhas olímpicas, estão diferenças importantes. A prata em 2021 foi conquistada por um time que vivia sob alguma desconfiança, mas que conseguiu chegarà final e conquistar a prata. Rosamaria considera que o time de 2024 tinha mais confiança na conquista do ouro do que o de 2021

“Claro que ficamos muito tristes por não termos chegado à final, que era nosso primeiro objetivo. E acho que a diferença entre termos conquistado a prata em Tóquio e o bronze em Paris é terminar com uma vitória. (…) Quando vencemos aquele bronze, acreditávamos do início ao fim que poderíamos ser campeãs olímpicas. Talvez a gente acreditasse mais do que aquele grupo de Tóquio. A conversa neste ciclo para Paris foi diferente.”

A neotrentina explica que fica a sensação de que o time poderia ter conquistado o ouro. O time perdeu apenas quatro sets em todo o torneio, sendo três deles na derrota na semifinal contra os Estados Unidos, terminada em 3 sets a 2.

“Acho que vivemos este ‘luto’ [pela perda do bronze] porque acreditávamos, do início ao fim, que este ouro viria. Mas, o que posso dizer? É o esporte, é a vida, na verdade. A gente se dedica, a gente sai de lá e sei que saímos com a sensação de que a gente fez, se dedicou, se doou. E se não, foi, não era para ser. É difícil de aceitar, mas acho que é isso, temos que tirar um ensinamento disso aí e celebrar o nosso bronze.”

Rosamaria ataca contra o bloqueio de Vargas na decisão pelo bronze, contra a Turquia | Foto: Miriam Jeske/COB

Evolução

Em Tóquio, Rosamaria buscava seu espaço dentro da Seleção, e na Olimpíada seguinte, aos 30 anos, a oposta teve uma responsabilidade maior e um papel de protagonista. Foi a sétima maior pontuadora do torneio olímpico e a terceira da seleção, com 75 pontos, atrás de Gabi e Ana Cristina. Ela relata estar agradada com seu desempenho e espera crescer ainda mais.

“Cheguei nesta Olimpíada sabendo que já havia passado por outra, tendo mais experiência. E querendo compartilhar um pouco disso com as meninas que estavam vivendo o que vivi em Tóquio. (…) Essa troca entre nós, um pouco mais experientes, e as mais novas foi muito importante porque vê meninas muito novas como a Ana Cristina ganhando um papel de protagonismo.”

“Fico feliz de ter conseguido desempenhar meu papel, o que esperavam de mim. E senti que dei o meu melhor, consegui ser eficiente no que me propus. Fico orgulhosa do meu trabalho, de ter buscado uma evolução de Tóquio para cá.”

Férias

Rosamaria entra em férias após os Jogos Olímpicos de Paris. Vai passar alguns dias em Nova Trento e tem uma viagem programada. Ela não sabe sobre quais serão os rumos da próxima temporada. “Não posso dar spoilers ainda (risos), mas quando eu puder, vocês vão saber.”

Passagem por Brusque

Em 2010, aos 16 anos, Rosamaria representou Brusque nos Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc), realizados na cidade. Foi uma das primeiras competições adultas disputadas pela atleta, que se destacou e chegou a jogar pelo Brusque/Guabifios na Superliga 2010-11. Ela já integrava as seleções de base na época.

Rosamaria tirou fotos com atletas do projeto Voleibol Nova Trento e recebeu homenagens | Foto: Vitor Souza/O Município

Confira mais fotos:

Foto: Vitor Souza/O Município
Foto: Vitor Souza/O Município
Foto: Vitor Souza/O Município
Foto: Vitor Souza/O Município
Foto: Vitor Souza/O Município

Assista agora mesmo!

Icônica danceteria 1020 traz histórias de diversão e fuga de namorados em Brusque: