Rosemari Glatz

Reitora da Unifebe

150 Anos da Imigração Polonesa no Brasil – Brusque – final

Rosemari Glatz

Reitora da Unifebe

150 Anos da Imigração Polonesa no Brasil – Brusque – final

Rosemari Glatz

Na história dos povos, fatos importantes costumam ser registrados em marcos que se incorporam ao patrimônio coletivo. Brusque, considerada o “Berço da Imigração Polonesa no Brasil”, não foge à regra e, ao longo da sua biografia mais recente, tem cunhado alguns marcos para registrar os fatos relacionados a essa história de sucesso digna de orgulho de todos nós. Infelizmente, alguns deles simplesmente “desapareceram”.

1º marco

Como parte das solenidades alusivas ao 98º aniversário da fundação de Brusque, em 02/08/1958, a Sociedade Amigos de Brusque instalou um marco de granito com placa de bronze, contendo a inscrição: “Neste lugar foi a sede da Colônia Príncipe Dom Pedro. Instalada em 1867, foi extinta e incorporada à Colônia Itajahy (Brusque), em 1869. SAB”. Anos depois, a placa do marco – que se constitui num símbolo importante para a história da imigração polonesa e integrante do patrimônio histórico do município -, foi encontrada abandonada próximo ao leito do rio Itajaí-Mirim, e recolhida à sede da Casa de Brusque.

2º marco

Um novo marco foi registrado em 31/07/1976, quando outra placa foi fixada com os dizeres “Homenagem ao Imigrante Polonês pela sua contribuição ao progresso de Brusque”.

3º marco

Na gestão do prefeito Hilário Zen, possivelmente em 1999, foi descerrado um novo monumento em granito que continha três placas. Uma delas era a mesma de 1976. Outra, marcava os 130 anos de imigração polonesa e continha, dentre outros dizeres, a expressão “Obrigado, Polônia”. Desta vez, o monumento foi instalado nas proximidades da antiga Câmara de Vereadores (atual Praça da Cidadania). Destes três monumentos, só restaram algumas fotografias.

4º marco

Houve, ainda, um quarto monumento, intitulado “pinhão”, no qual estava incrustrada uma placa em homenagem aos primeiros imigrantes poloneses. Embora desfigurado, esse monumento ainda existe e está implantando na Praça da Cidadania, mas da placa também só restam fotografias.

5º marco

Em agosto de 2019, Brusque comemorou os 150 anos de imigração polonesa no Brasil. Como parte dos festejos, tivemos a inauguração do Marco dos 150 anos da Imigração Polonesa no Brasil, composto por duas esculturas em granito cinza: “O Semeador” e “O Batismo”, ambas do escultor David Rodrigues. O granito bruto foi doado pela Prefeitura de Brusque.

A escultura “O Semeador” é uma réplica do monumento do polonês Jan Zak, que depois de se naturalizar brasileiro ficou conhecido como João Zacco Paraná, e simboliza as tradições, a cultura e a força do trabalho dos imigrantes poloneses.

A segunda escultura, intitulada “O Batismo”, simboliza o batizado de Estevão Sieniovski, realizado no dia 25/08/1869 pelo Padre Gattone. Estevão, filho de Thomaz Sieniovski e Maria Kovalska, nasceu a bordo do Vapor Victoria que trouxe ao Brasil as primeiras 16 famílias de imigrantes poloneses, as quais se estabeleceram em Brusque em 1869.

Praça Imigrantes da Polônia

A solenidade de entrega das esculturas “O Batismo” e “ O Semeador” à comunidade aconteceu no dia 24 de agosto de 2019 e integrou os festejos dos 150 anos da Imigração Polonesa no Brasil, em Brusque. A solenidade também serviu como lançamento da “Pedra Fundamental” da Praça Imigrantes da Polônia, que será implantada em um terreno com 8.295,01 m².

Localizado entre as Ruas Francisco Sassi e Bartolomeu Prunner, no Jardim Maluche, o terreno para a praça foi cedido, mediante ato de Cessão de Uso, pelo Município de Brusque para a Fundação José Walendowsky, entidade que não mede esforços para homenagear os precursores da cultura, das tradições e da força de trabalho do povo polonês que aqui aportou em 1869.

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