Rosemari Glatz

Reitora da Unifebe

Conheça a história do hino oficial do município de Brusque

Rosemari Glatz

Reitora da Unifebe

Conheça a história do hino oficial do município de Brusque

Rosemari Glatz

Quando Brusque se preparava para festejar o centenário da sua fundação, a Sociedade Amigos de Brusque procurou revestir os festejos de brilhantismo e significado, de maneira a apresentar o município ao Brasil com o merecido destaque. Uma das iniciativas concretizadas foi o Hino do Centenário, com letra do poeta itajaiense Eduardo Mário Tavares, e música do maestro brusquense Aldo Krieger. Um Hino que, pela beleza dos versos e pela harmonia e técnica da partitura, é trabalho digno de orgulho. 

Apesar de a letra para o Hino do 1º centenário de Brusque remeter a esta data específica – “cem anos atrás um pugilo (grupo) de imigrantes surgiu destemido”, “já passados que foram cem anos” -, a música acabou sendo executada constantemente nas cerimônias e eventos da cidade, transformando-se naturalmente numa espécie de hino não-oficial. Em 26/04/1993, a lei nº 1.769 adotou o Hino do Centenário como o Hino Oficial do Município de Brusque.  A mesma lei estabeleceu que o Hino será executado somente em cerimoniais oficiais, salvo nas solenidades sujeitas a regulamentos especiais. E que, nas cerimônias em que se tenha de executar o Hino Nacional Brasileiro e do estado, estes precederão o Hino do Município, em virtude do princípio da hierarquia.

Em relação ao Hino do Município, as regras são as mesmas do Hino Nacional: cantamos o Hino em pé e, se ouvirmos, também ficamos em pé e em silêncio, com a cabeça descoberta e braços estendidos ao longo do corpo (só assim). Se estiver na mesa principal, olhe para o público, em hipótese alguma os componentes da mesa podem dar as costas ou os ombros para o público, pois isso é um desrespeito a um dos elementos essenciais da nação: o povo. Palmas: se o Hino estiver sendo executado por um equipamento de som, o público canta junto, e, neste caso, não se batem palmas ao final do Hino. Entretanto, se o hino estiver sendo cantado “ao vivo” por um artista, coro, e/ou executado por orquestra ou similar, devemos acompanhar a apresentação em silêncio e pode-se aplaudir ao final, e neste caso, os aplausos são para saudar quem cantou e/ou executou o Hino.

E, por falar em cerimônias, a nossa universidade – a Unifebe -, executa o Hino do Município de Brusque nas cerimonias e solenidades que organiza. E é nestas oportunidades que, entristecida, constato que é pequeno o número de cidadãos que acompanham, cantado, a sua execução. Penso que devemos praticar mais esta magnífica letra que Aldo Krieger musicou:

Foi aqui, neste vale tranquilo/Entre os montes e o rio escondido. /Que, há cem anos atrás, um pugilo/ De imigrantes surgiu destemido/ Dos heróis palmilhando o roteiro, /Sobre o solo, que audaz desbravou. /Esse grupo invulgar, pioneiro, / A semente de Brusque plantou.

Estribilho: Salve Brusque imortal, no recesso /Dos teus vales, ressoa nos ares/ O cantar triunfal do progresso/Pela voz singular dos teares. /Salve Brusque imortal.

Sobre as áreas fecundas da terra. /Que ao vigor do trabalho se rendem, /Pela várzea do rio, pela serra, /Pouco a pouco as lavouras se estendem. /E do chão brota a casa modesta, /Construída de palha e de lenho, /Conquistada vai sendo a floresta, /E enche os ares o canto do engenho.

Do trabalho sem par do imigrante, /Com bravura e ardor soberanos, /Surge Brusque viril e gigante, /Já passados que foram cem anos. /Terra minha. Só tens ocupado /Posição de relevo, altaneira, /E teu nome, entre mil, é citado /Como exemplo à nação brasileira.

 

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