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Do grão até a barra do chocolate

Santa Catarina tem se tornado referência na produção de chocolates finos, do tipo que é feito a partir da amêndoa integral do cacau até a barra do chocolate. Caracterizados pelo uso do cacau especial, com grãos da melhor qualidade, são produzidos em uma escala muito menor. Sinônimo de saúde e um dos alimentos mais apreciados […]

Santa Catarina tem se tornado referência na produção de chocolates finos, do tipo que é feito a partir da amêndoa integral do cacau até a barra do chocolate. Caracterizados pelo uso do cacau especial, com grãos da melhor qualidade, são produzidos em uma escala muito menor. Sinônimo de saúde e um dos alimentos mais apreciados do mundo, os chocolates finos catarinenses trazem sabores marcantes e irresistíveis e atendem os paladares mais refinados.

Originário da Amazônia, o fruto já é consumido há cerca de 5,5 mil anos, mas a história do chocolate começou a partir do descobrimento da América, pois até o final do século XV o Velho Mundo nada sabia sobre esse delicioso e extraordinário alimento. Diz-se que os índios astecas foram os primeiros chocólatras conhecidos da história. Inicialmente o produto era consumido enquanto bebida feita pela fermentação do fruto do cacaueiro. Foi batizado de tchocolath (tchocol, de amargo, e ath, de água).

O cacau começou a ser cultivado oficialmente no Brasil em 1679, após autorização pela Carta Régia. Antes disso as árvores já eram encontradas no Pará e arredores, mas foi na Bahia que o cacau fez sua fama para brasileiros e estrangeiros. Cultivado a partir de meados do século XVIII, enriqueceu a região e tornou o país um dos maiores exportadores de cacau. O Brasil ocupa, atualmente, a sétima posição no ranking de maiores exportados do produto, sendo que Pará, Rondônia e Amazonas figuram entre os maiores produtores do país.

No início do século XVI, o navegador Hernán Cortez presenteou o Rei Carlos V com preciosas sementes de cacau – e a partir daí o chocolate definitivamente começou a fazer sua história, tornando-se tão popular e valioso na Espanha que a sua produção foi mantida em segredo por mais de um século. A escassez de chocolate durante o século XVII fez com que o produto se tornasse um presente de excepcional valor, contudo, os monges monastérios espanhóis, responsáveis pela manufatura do líquido, não conseguiram escondê-lo por muito tempo.

Acredita-se que o chocolate tenha chegado à Grã-Bretanha na segunda metade do século XVII, e a primeira fábrica de chocolate inglesa surgiu em 1657. Aos poucos a produção artesanal deu lugar à produção em massa e, por volta de 1730, seu preço já era acessível para boa parte da população. A invenção da prensa de cacau em 1828 diminuiu ainda mais os custos de produção.

Durante boa parte do século XIX, o chocolate continuou a ser consumido exclusivamente na forma líquida, e a partir de 1861 passou a ser vendido na forma sólida. E apenas em 1876, em Vevei, na Suíça, o chocolatier Daniel Peter desenvolveu a técnica de adição de leite ao chocolate, criando o produto final que consumimos até hoje.

No Brasil, a primeira fábrica de chocolate foi inaugurada em 1891 pelos alemães Neugebauer e Gerhard. A Lacta foi criada em 1912, a Kopenhagen em 1928, e a Garoto em 1929. Em 1959, a fabricante suíça Nestlé começou a produzir chocolates no Brasil.

No segmento chocolates finos, em Santa Catarina a Nugali, fundada em Pomerode em 2004, é a mais conhecida. Também existem pequenas fábricas, especialmente na região da grande Florianópolis. A Sta. Catharina Chocolateria começou a operar em 2022, com fábrica e loja em Guabiruba, além da loja virtual. Criada por dois jovens empreendedores catarinenses, a Sta. Catharina Chocolateria produz, a partir da amêndoa integral do cacau até a barra, o mais fino chocolate a partir de cacau brasileiro de qualidade superior, com ingredientes naturais e selecionados, proporcionando uma experiência única e inesquecível de degustação do verdadeiro sabor de chocolate.