Rosemari Glatz

Reitora da Unifebe

Missão Catarinense de Internacionalização Fapesc: Japão e Singapura

Rosemari Glatz

Reitora da Unifebe

Missão Catarinense de Internacionalização Fapesc: Japão e Singapura

Rosemari Glatz

Um dos diferenciais no desenvolvimento econômico e social equânime do estado é o seu modelo de educação superior descentralizado promovido, principalmente, pelas instituições comunitárias de ensino superior catarinenses, dentre elas a Unifebe. E, recentemente, foi dado mais um passo importante no fortalecimento da educação superior catarinense, quando a Fapesc promoveu a Missão Catarinense de Internacionalização da Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I): Missão Japão e Singapura 2022, e oportunizou aos reitores a participação.

A Missão aconteceu entre os dias 12 e 25 de novembro, com visitação física a instituições ligadas ao CT&I do Japão e Singapura. Teve como principal objetivo promover a interação com universidades, organizações e Institutos de Ciência e Tecnologia dos dois países, a fim de estimular novos modelos de gestão, de ensino, de pesquisa, de inovação e de cooperação e intercâmbio com as instituições comunitárias de ensino superior e universidades públicas em território catarinense.

Entre as razões de escolha dos países para a realização da Missão, destaca-se a sua classificação no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa). Devido aos seus sistemas escolares de alta qualidade, Japão e Singapura têm se classificado entre os melhores países no mundo nas provas de Matemática e Ciências do Pisa.

No Japão visitamos a Universidade Tecnológica de Tóquio; a Embaixada do Brasil em Tóquio; o Instituto JICA (Agência do Governo japonês que apoia o crescimento e a estabilidade socioeconômica dos países em desenvolvimento); o Ministério da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia do Japão; a Universidade de Chukyo, e a Universidade de Quioto.

O Japão tem alto grau de desenvolvimento científico e tecnológico. As universidades que visitamos têm, em seus currículos de graduação, disciplinas ensinando, de modo genérico, conceitos de “big data”, “data Science” e “Inteligência Artificial”. Estes assuntos ainda são embrionários em termos de abordagem aqui no nosso estado, mas são temas importantes no futuro digital do aprendizado bem como da economia digital.

Em Singapura visitamos a Universidade Tecnológica Nanyang; a startup 2DMSolutions (de um professor brasileiro); o Centro de Inovação em Aquicultura; a Embaixada do Brasil em Singapura; a Universidade Nacional de Singapura; o Centro de Pesquisa em Agricultura Urbana Sustentável, e a Universidade de Administração de Singapura (com foco na incubação e e criação de startups. O espaço físico da Incubadora, o equivalente aos nossos Centros de Inovação, é de 700 m2 e muito funcional).

Singapura é um país que planeja, aloca recursos no orçamento, cumpre e executa o orçamento. Seus ciclos de planejamento são de cinco anos. Possuem um sistema voltado a inovação de alta complexidade e muito efetivo. A percepção é de que todos os gestores das universidades conhecem o planejamento estratégico do país, qual é o papel do seu local de trabalho, e qual é o seu papel como cidadão.

A experiência, de grande aprendizado, propiciou a compreensão de outras realidades internacionais que podem ser aplicadas em Santa Catarina. Como característica comum, além do desempenho no Pisa, todas as universidades do Japão e Singapura são pagas, sendo as públicas mais baratas que as privadas.

O espaço físico é funcional e provido de senso estético e bela arquitetura, com bastante verde e muitas obras de arte. Todas tem intensa articulação com o setor produtivo, e muita atividade prática. Nos dois países o governo investe um bom percentual do seu Produto Interno Bruto (PIB) em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), e a iniciativa privada investe ainda mais.

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