Roubos em Brusque: saiba quais bairros tem mais registros do crime
Número de ocorrências tem diminuído nos últimos anos
Número de ocorrências tem diminuído nos últimos anos
No ano de 2024 foram registrados 39 roubos em Brusque. O número representa uma queda de 41,7% em comparação aos casos ocorridos em 2023: 67. Os dados foram divulgados pela Polícia Civil ao jornal O Município.
Os casos de roubo estão sob responsabilidade da Delegacia de Investigação Criminal (DIC). Do total registrado no ano, a DIC detalha que foram cinco roubos a comércios, todos solucionados. Já em residências, foram quatro ocorrências, das quais três foram resolvidas.
Segundo os dados divulgados de 2024, pode-se notar que foi registrada uma redução significativa em relação a 2019, quando o número de ocorrências foi de 86.
Em comparação com a média dos quatro anos anteriores a 2023, o ano de 2024 foi o segundo consecutivo a apresentar um número de roubos inferior à média, que é de 72.
Nos últimos quatro anos, os roubos em vias públicas caíram mais de 50%, de 53 ocorrências em 2021 para 27 em 2024. Já os roubos em residências e comércios apresentaram diminuições mais leves.
O Centro lidera a lista de bairros com mais ocorrências, totalizando 13 roubos em 2024 (foram 16 em 2023). O Santa Terezinha, nos últimos dois anos aparece em segundo lugar – foram cinco casos no bairro em 2024, seguido por Santa Rita (três casos) e Limeira, Souza Cruz, Águas Claras e Cedro Alto, com dois casos cada. Outros bairros tiveram apenas uma ocorrência cada.
Apenas seis bairros não tiveram nenhum caso de roubo em 2024: Bateas, Santa Luzia, São Pedro, Nova Brasília, Poço Fundo e Rio Branco.
Segundo Fernando Luís de Farias, delegado da DIC, a Polícia Civil de Santa Catarina tem intensificado, de forma geral, o combate ao crime organizado por meio de operações que vêm retirando lideranças e membros de organizações criminosas de circulação.
Em Brusque, especificamente, a abordagem tem se concentrado no monitoramento de crimes violentos, como roubos, com foco nos bairros de maior incidência.
“Passamos a atuar de maneira mais contundente, com operações voltadas aos crimes que geram violência, como o tráfico de drogas e as ações de organizações criminosas”, explica o delegado.
Um exemplo destacado por Fernando é o trabalho realizado no bairro Azambuja. Em 2023, o local registrou 11 roubos, enquanto em 2024 o número caiu para apenas um. O bairro, que era o segundo mais violento em relação a roubos, tornou-se um dos mais seguros.
“No bairro Azambuja, realizamos dezenas de operações contra o tráfico de drogas, com diversas prisões, o que funcionou como uma espécie de ‘torniquete’ eficiente para conter a violência”, detalha o delegado.
Além disso, Fernando atribui a redução dos roubos em residências e comércios ao alto índice de resolução desses casos.
“Na prática, observa-se que o delinquente tende a se especializar em um tipo de crime. Ou seja, quem pratica roubo em residência dificilmente migra para tráfico ou furto, por exemplo. Quando esclarecemos um roubo em comércio e prendemos o autor, eliminamos a reincidência daquele indivíduo, o que reduz os crimes na região onde ele atuava”, ressalta.
O delegado cita como exemplo três roubos em comércio registrados em 2024, em um curto intervalo de tempo – dois em Brusque e um em Botuverá – todos com uso de arma de fogo.
Após as investigações, constatou-se que os três crimes foram cometidos pela mesma pessoa. “A prisão desse indivíduo foi decretada, e os roubos em comércio cessaram por um período”, pontua Fernando.
Questionado sobre o motivo pelo qual o Centro é o bairro com maior incidência de roubos em Brusque, o delegado explica que isso se deve à grande concentração de pessoas em deslocamento na área.
“O crime mais comum no Centro é o roubo a transeuntes, especialmente com a subtração de celulares. Esses delitos, cometidos em via pública, são os mais difíceis de esclarecer, pois ocorrem em questão de minutos, da abordagem até a fuga. Geralmente, não há elementos que ajudem na identificação do autor, como testemunhas ou imagens de câmeras de segurança”, observa.
Fernando acrescenta que, devido à dificuldade em solucionar crimes em vias públicas, um mesmo criminoso pode praticar vários delitos antes de ser identificado, contribuindo para o aumento da incidência.
Para 2025, a Polícia Civil continuará adotando a mesma metodologia. A identificação das áreas com maior incidência de crimes e a intensificação das operações direcionadas seguem como prioridades.
“Vamos manter um trabalho direcionado, aplicando ‘torniquetes’ não apenas contra os crimes de roubo, mas também contra o tráfico de drogas e as organizações criminosas, que são os principais propulsores da criminalidade violenta”, conclui o delegado.
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