Ruas de acesso à usina de asfalto de Brusque não têm pavimentação
Morador entrou em contato com o jornal O Município para reclamar da situação
Morador entrou em contato com o jornal O Município para reclamar da situação
As duas ruas de acesso à usina de asfalto de Brusque, localizada no bairro Cedrinho, não são pavimentadas. Nazareno Cadore, morador da rua Guilherme de Melo, entrou em contato com o jornal O Município para relatar a situação. “É uma tristeza. Você não consegue abrir uma janela, tem que deixar a porta com pano úmido e mesmo assim o pó passa”.
Cadore busca uma solução para um problema que enfrenta há aproximadamente dez anos: a falta de pavimentação na rua onde mora, que fica próxima à usina de asfalto do município, localizada na rua Jacob Schmidt. “A gente vem batalhando há anos e nunca tivemos resultados, só promessas”.
Ele recorda que a rua costumava ser tranquila, o único movimento era aos fins de semana, quando familiares iam até o lar dos idosos instalado naquela localidade.
No entanto, com a instalação da usina de asfalto em 2011, a situação mudou, já que a passagem dos caminhões levanta muita poeira. “Tá insuportável a nossa situação aqui. É triste. Você trabalha o dia todo, chega em casa e apesar de ficar o dia todo fechada, o pó passa na fresta da porta, na frestinha da janela”, comenta.
O morador conta que ao longo destes anos fez diversos contatos com a Prefeitura de Brusque, a maioria das vezes por meio da Secretaria de Obras, mas nunca teve sucesso. Ele afirma que tentou marcar reuniões com secretários e prefeitos, que nunca ocorreram.
Quando recebia algum retorno, a informação que repassavam seria de que a prefeitura não teria dinheiro para realizar a obra. Por isso, chegou a conversar com os vizinhos, para que a pavimentação fosse feita de forma comunitária: os moradores pagariam o asfalto e a prefeitura faria a tubulação.
Em 2019, conseguiu agendar uma reunião. O encontro aconteceria na casa de uma moradora. Porém, pouco antes do horário marcado, os representantes da prefeitura teriam cancelado, informando que não poderiam comparecer. “Fiquei como palhaço na frente da minha vizinhança”, diz Cadore.
Por meio da Secretaria de Comunicação, a Secretaria de Obras informou que a pavimentação das duas vias, tanto a Guilherme de Melo quanto a Jacob Schmidt, só pode ser viabilizada se os moradores aderirem ao programa Parceria Comunitária.
“Os moradores arcam apenas com o pagamento da capa asfáltica, concreto ou paralelepípedo da obra. O governo, por sua vez, fica responsável pela mão de obra e pelo investimento no restante do material necessário”.
Porém, segundo o secretário de Obras, Ricardo José de Souza, esse modelo está suspenso por enquanto, pois a intenção é fazer alterações na lei. Ele diz que o assunto já está em discussão.
Quando for possível adotar o programa de novo, ele diz que a rua poderá ser pavimentada, desde que haja adesão dos moradores, conforme quantidade mínima a ser estipulada em lei.