Ruti e Raquel: conheça as irmãs pumas que vivem juntas no Zoobotânico de Brusque

Animais vivem juntos no espaço desde 2009

Ruti e Raquel: conheça as irmãs pumas que vivem juntas no Zoobotânico de Brusque

Animais vivem juntos no espaço desde 2009

Você já viu ou viu falar das irmãs Ruti e Raquel? As duas pumas concolor de 17 anos de idade vivem no zoológico Zoobotânico de Brusque desde 2009 e atraem, toda semana, inúmeros visitantes e curiosos.

Elas vieram do Zoobotânico de Pomerode, e já chegaram em Brusque quase adultas. Atualmente já são idosas e seus cuidados são redobrados. Com dieta balanceada, os animais são carnívoros e se alimentam diariamente de carne bovina, frango, pescoço de frango e fígado (um quilo por dia cada uma).

Otávio Timm/O Município

Para diferenciá-las basta se guiar pelas características físicas de cada puma. Ruti, além de ser mais clara, também é mais magra que a sua irmã.

Vida longa

Segundo a veterinária do Zoobotânico, Milene Zapala, a longevidade das pumas está relacionada ao fato de viverem em cativeiro.

“Assim elas geralmente vivem mais do que quando estão em vida livre. Aqui oferecemos todos os cuidados necessários para seu bem estar e qualidade de vida como realização de medicina preventiva, exames clínicos veterinários, dieta balanceada e boa higienização diária do recinto.  Além disso, existem enriquecimentos constantes com objetivo de fazer com que o animal saia daquela rotina”, conta. 

Milene lembra que as pumas são animais que podem viver até 20 anos em cativeiro caso não ocorra nenhum problema de saúde. “Os felinos quando chegam em uma idade avançada podem apresentar problemas renais. Infelizmente é bem comum”, complementa.

Rotina

A rotina das duas pumas começa cedo. Logo pela manhã, Raimundo Nonato de Oliveira, tratador responsável, leva comida para elas. Cada uma recebe sua comida separada, pois assim é possível ter o controle da quantidade que cada uma de fato comeu.

Enquanto comem, o tratador realiza a limpeza do espaço onde vivem. Após se alimentarem, Raimundo as solta e a limpeza do local de alimentação também é feita.

“Normalmente, após a alimentação os felinos passam o dia dormindo, às vezes no recinto do local de exposição ou no próprio cambeamento (zona que permite mudar o espaço que o animai acessa). Buscamos tornar o local mais agradável para elas deitarem onde quiserem com conforto. Por isso que muitas vezes o público não conseguem vê-las”, diz Milene. 

Otávio Timm/O Município

Uma equipe de estagiários também realiza atividade com as pumas toda semana. Na ocasião, eles fazem o enriquecimento ambiental com elas, com intuito de oferecer atividades físicas para que elas possam sair da rotina.

De atividade noturna, mas pumas do Zoobotânico ficam mais ativas ao anoitecer. Segundo Milene, alguns visitantes do espaço fazem críticas quando elas não aparecem durante o dia. “É preciso entender que aqui respeitamos a vontade do animal, não podemos obrigar ele a se expor. Se elas preferirem descansar e dormir, assim faremos”.

Puma

O Puma, popularmente conhecido como Leão da Montanha ou Leão-Baio, é o segundo maior felino brasileiro e pertence à classe Mammalia (mamíferos). De ordem carnívora, é da família Felidae (Felinos). A incubação desses animais leva 90 dias e uma fêmea pode ter de 1 a 6 filhotes em uma ninhada.

O habitat natural das pumas são áreas florestadas , mas também é capaz de viver em ambientes desérticos. Podem ser vistas do Canadá até o Uruguai.

Reprodução

Velhice

Devido à idade avançada das pumas que residem no parque, exames precisam ser regularmente feitos para avaliação do animal. Além de Milena, os exames são feitos em parceria com os veterinários Lucas Felipe de Souza, do Hospital S.O.S Animais, e Nilson Pereira Neto, da Vet Home Clínica Veterinária.

O Parque Zoobotânico começou a trabalhar com vários parceiros incluindo visitas guiadas, parcerias com universidades e escolas. Além disso, o espaço colabora com veterinários e estudantes. O local acabou se tornando um ambiente de aprendizado, pois muitos alunos aproveitaram para realizar saídas de campo no local.


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