Sabatina do Grupia: Ciro Roza (PSB) destaca ações de suas gestões à frente da prefeitura

Ex-prefeito de Brusque foi o primeiro entrevistado pela entidade, na sexta-feira, 19

Sabatina do Grupia: Ciro Roza (PSB) destaca ações de suas gestões à frente da prefeitura

Ex-prefeito de Brusque foi o primeiro entrevistado pela entidade, na sexta-feira, 19

O ex-prefeito Ciro Roza (PSB) foi o primeiro entrevistado da série de sabatinas proposta pelo Grupo de Proteção da Infância e Adolescência (Grupia) com os candidatos à Prefeitura de Brusque. Ele chegou pontualmente ao encontro, realizado no Centro Empresarial, que teve início às 8h30.

Estava acompanhado do candidato a vice-prefeito, Ari Vequi (PMDB), e de correligionários. No início da sabatina, contou sua história como técnico têxtil, naquela que seria a primeira de suas várias referências ao passado, durante a hora em que foi sabatinado.

Inicialmente, o candidato teve 20 minutos para defender suas principais diretrizes de governo e justificar sua candidatura.

“Quando fui prefeito, o poder público estava sempre presente. Tudo que está aí passou e passará por uma decisão das urnas. Olhando todo o quadro, se percebe que é preciso daqueles que têm conhecimento, que têm poder de contribuir, e é através da eleição que se envolve a comunidade”, disse.

Roza disse que a cidade, nos últimos anos, está enfraquecida politicamente. “Acho que a política não é feita pelos atalhos, se faz pelos caminhos, se possível construir uma avenida. Nos últimos anos enfraquecemos o nosso quadro político, a nível estadual e federal. No ano passado me deram autonomia para que eu liderasse essa caminhada”.

O candidato apresenta sua experiência como credencial para governar.

“Brusque tem pressa de uma série de obras, mas com a estrutura do município vai levar muito tempo. Tenho mais experiência, sou bem relacionado no meio político, e por isso quero administrar a cidade”.

O candidato a vice, Ari Vequi (PMDB), complementou. “Com o orçamento curto, se não tivermos parcerias não chegaremos a lugar nenhum. Nossos últimos governos parece que esqueceram de Brasília, não foram mais lá buscar recursos”.

Roza também criticou a falta de continuidade de obras, quando há troca de prefeito. “Tem gente que acha que o prefeito é o dono da cidade. As obras são do povo, não do prefeito, os que pensam diferente têm a resposta nas urnas”.


Saneamento básico

O candidato, ao ser questionado pelo Grupia sobre suas ações em saneamento básico, criticou – sem citar nomes – gestões anteriores que, segundo ele, politizaram o Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae).

“Dirigentes políticos, não técnicos, dirigiram o Samae. A água é saúde, tem que ser técnica”. Para Roza, a ideia da gestão Paulo Eccel de construir um novo reservatório no Centro é inadequada; ele apresentou como proposta a criação de uma nova captação, na localidade da Cristalina. Em relação ao tratamento de esgoto, o ex-prefeito é favorável a trabalhar junto à iniciativa privada.

“Hoje nada é tratado, todo o esgoto vai para o Itajaí-Mirim. Tínhamos um projeto pronto [de estação de tratamento]. Porque não poderia ser privado? Temos uma série de empresas que queriam ser parceiras”.


Saúde pública

Questionado pelo Grupia sobre os problemas na saúde pública municipal, Ciro Roza disse que um dos maiores gargalos é o Hospital Azambuja, pelo fato de que “não é regional de direito, mas é de fato”. “De fato há um problema para fazer convênios, por ser privado. Mas vamos voltar para continuar a luta para trazer mais serviços para Brusque”.


Casa de passagem

“A casa de passagem teve muitos questionamentos, gerou muita polêmica”, disse Roza, ao ser perguntado sobre sua política para moradores de rua. O ex-prefeito, entretanto, vê como saída trabalhar com entidades voluntárias, sobretudo igrejas, para o acolhimento de moradores de rua.


Orçamento da prefeitura

“Quando saí da prefeitura tínhamos cerca de 1,9 mil funcionários. A informação que temos hoje é que são 3.270 funcionários. A cidade não cresceu tanto assim”, disse Ciro Roza, ao responder questionamento a respeito da falta de recursos do município, na atualidade.

“Eu tenho convencimento de que Brusque sempre dá uma resposta nos momentos mais difíceis”, disse, ao explicar que, na sua visão, a geração de emprego é o caminho para aumentar a receita do município.

Ele também afirmou que há formas de se buscar recursos para realização de obras e ações.

“A captação do Samae, por exemplo, o Samae tem recursos no caixa para fazer. O projeto de tratamento de esgoto, por exemplo, temos pronto. Existem recursos a fundo perdido. Mas tem que ter projeto, eu nunca bati às portas de um governo sem ter um projeto”.

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