Os parreirais coloridos anunciam o início da safra de 2021. Em Nova Trento, no bairro Vígolo, a Vinícola Girola começou a receber as uvas em meados de janeiro, data que marca oficialmente o início da colheita das uvas.
Esta é a época mais intensa da vinícola, onde os caminhões transportam a fruta colhida de regiões de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que seguirá até o final da safra.
Com três enólogos, um especialista em cervejeiro, um agrônomo e demais colaboradores, a empresa faz toda a preparação da uva para transformá-la em vinho. Ao todo, são mais de 20 produtos, entre vinhos de mesa, vinhos finos, frisantes, espumantes, cooler, chopp de vinho e suco de uva.

Processo de produção

Com a chegada das uvas na vinícola, o enólogo Willian Girola, 23 anos, explica que é o momento de fazer o acompanhamento e análise para iniciar o processamento da fruta. Para os vinhos de mesa, que são o carro-chefe da empresa, são utilizados dois tipos de uva: bordô para o vinho tinto, e niágara para os brancos e rosados. As uvas então são colocadas em uma máquina chamada desengaçadeira, a qual faz a separação dos cachos e bagas. A uva bordô é esmagada, e através de bombas é enviada aos tanques de fermentação com a casca, para produzir os vinhos tintos. A fermentação tem duração de cinco dias, e o vinho nesse período fica em contato com a casca e leveduras específicas para cada tipo de vinho, obtendo desta forma cor e aromas característicos.
Para os vinhos brancos, a uva passa pela desengaçadeira, porém é feita a prensagem direta para separar o vinho da casca. Diferente dos vinhos tintos, a fermentação do vinho branco acontece sem o contato com a casca da uva. Por ser uma uva mais delicada, a fermentação do vinho branco tem duração média de sete dias, preservando assim mais aromas.
Segundo Laerci Girola, 51 anos, proprietário da Vinícola, todas as cascas são reutilizadas. “Elas são levadas até um sítio da família, que fica a 12 quilômetros da vinícola, e transformadas em adubo orgânico”. O adubo é reaproveitado pela empresa para os parreirais de uva que possuem.

Tanques de armazenamento

Finalizado o procedimento de fermentação, o vinho é transferido para os tanques de armazenamento. Após 60 dias, é feita uma análise de acidez, coloração e fermentação malolática no laboratório da vinícola. Em seguida, o líquido passa pela estabilização e filtragem, para que ocorra a clarificação e não fique nenhum tipo de resíduo (borra). “Para tornar o vinho suave é acrescentado ao fim do processo o açúcar e feita nova filtragem”, informa o enólogo. O último processo é o envase, que ocorre durante o ano inteiro, para então chegar à mesa do consumidor.

Vinhos finos

O enólogo Willian explica que o processo para elaboração dos vinhos finos é mais criterioso, com técnicas avançadas, pois as uvas de espécie europeias utilizadas são mais sensíveis que as tradicionais. Nesta categoria a vinícola utiliza a uva Tannat, Carbenet Sauvignon, Merlot, Chardonnay, Moscato e Pinot Noir.
Chope de vinho
Em 2020, a Vinícola Girola decidiu inovar e lançou os chopes de vinho tinto e branco. “Foi uma maneira de oferecer aos nossos clientes uma opção mais refrescante para o verão”, destaca o responsável pelo marketing da empresa, Marcos Wolf, 26 anos.
O enólogo Willian explica que para a elaboração do chopp de vinho é utilizado vinho de mesa que é adicionado junto ao chopp durante o processo de elaboração pelo cervejeiro da vinícola.

Visitação

Todo o processo de fabricação do vinho da Vinícola Girola pode ser conferido de perto. A empresa oferece visitação guiada, gratuita, para grupos de até 40 pessoas, seguindo todos os protocolos de saúde para evitar o contágio de Covid-19. A visitação ocorre todos os dias, com atendimento das 9h às 17h. “No momento não estamos oferecendo a degustação aos grupos por conta da pandemia, mas em breve devemos retornar com esse serviço também”, lembra Marcos.

APRECIE COM MODERAÇÃO

Vinhos Girola

Endereço
Rua Madre Paulina, 2379 – Vígolo, Nova Trento – SC

Contato
(48) 3267-0709